Essa é nova:
Ontem recebi uma ligação a cobrar no meu celular. Como ele tem identificador de chamadas, achei estranho o fato de não aparecer o número de origem da ligação. Melhor atender, de repente é alguém precisando de algo.
Não! Tele-marketing!!! É isso mesmo! Só pode ser bricandeira! Por princípio não compro nada por telefone, ainda mais se me ligam depois das 9 da noite, o que eu acho que excede o que eu entendo por absurdo, mas que foi o caso ontem. Agora, vir me dizer que ganhei não sei que promoção pro celular, mas a cobrar?? tenha Santa paciência! Pior que a minha hipótese de que fosse trote encontra um problema: quem teria a pretensão de enganar alguém numa ligação a cobrar? Mas aí, da mesma maneira, quem quer vender algo assim?
Chinguei e desliguei na cara. Teve a desfaçatez de tentar ligar de novo. Desliguei o telefone. Não tem mais pra onde correr??!?!
terça-feira, agosto 30, 2005
segunda-feira, agosto 29, 2005
O pior de tudo
Uma das coisas que me dá mais tristeza nessa crise toda, além das razões elencadas por todos, é de outra ordem, ainda que relacionda a estas.
Estava ouvindo o Mainardi falando que o PT iria acabar, ninguém sentiria falta nem teria sentimentos nostálgicos, que seria lembrado como o PRN do Lula e acabaria como uma nota da história mais ou menos como aconteceu com a ARENA. Dizia ainda que ia tarde, por que tudo o que o PT tocou apodreceu, construindo uma rede institucional de corrupção a que nenhum orgão de fiscalização da sociedade civil teve coragem de se contrapor. Pior que a tese de que esse controle do poder pela sociedade civil tenha sido nulo por que o PT na situação era a esperança dessas mesmas camadas (imprensa, universidade, sindicatos, povão), é até plausível. Algo como preferir tapar olhos, bocas e ouvidos e se entregar à pilula azul. Um ato de fé. Ainda que isso não seja exclusividade petista.
Agora, o pior de tudo é que, quando ele fala isso, tenho um lampejo, quase um reflexo condicionado de levantar o dedinho e protestar "Ei!"... mas não consigo. Espero que esse desânimo seja apenas temporário.
Estava ouvindo o Mainardi falando que o PT iria acabar, ninguém sentiria falta nem teria sentimentos nostálgicos, que seria lembrado como o PRN do Lula e acabaria como uma nota da história mais ou menos como aconteceu com a ARENA. Dizia ainda que ia tarde, por que tudo o que o PT tocou apodreceu, construindo uma rede institucional de corrupção a que nenhum orgão de fiscalização da sociedade civil teve coragem de se contrapor. Pior que a tese de que esse controle do poder pela sociedade civil tenha sido nulo por que o PT na situação era a esperança dessas mesmas camadas (imprensa, universidade, sindicatos, povão), é até plausível. Algo como preferir tapar olhos, bocas e ouvidos e se entregar à pilula azul. Um ato de fé. Ainda que isso não seja exclusividade petista.
Agora, o pior de tudo é que, quando ele fala isso, tenho um lampejo, quase um reflexo condicionado de levantar o dedinho e protestar "Ei!"... mas não consigo. Espero que esse desânimo seja apenas temporário.
domingo, agosto 28, 2005
Alguns sonhos
Às vezes sonho que estou voando.
Na verdade, não exatamente voando... planando. Aproveitando as correntes de ar. Não sei se tecnicamente é a mesma coisa. Mas do jeito que eu penso a coisa, é o seguinte: planar envolve um esforço e uma arte da manutenção no ar muito diferentes do vôo, algo um tanto mais fácil e que pode ser feito por um período quase indefinido de tempo. Você consegue planar enquanto está concentrado e se tem sorte de pegar umas correntes bacanas. Aí uma hora volta pro chão e tem que sair correndo e planar de novo.
Vira e mexe eu plano. E nem sempre quando estou dormindo. Nunca muito alto, já que tenho acrofobia. Assim, da altura de um poste de luz, mais ou menos. É só dar umas pernadas, tipo um peixe mesmo, e pronto! Uma delícia!
Agora, outro sonho também bem frequente é um em que estou cavando. Mas cavando no barro. Então é uma tarefa, digamos, complicada. Sempre que eu tiro um pouco de barro, escorrega outro tanto de volta pro buraco. E é sempre no mesmo lugar, no barranco daquele laguinho perto do Centro Médico. Que catzo Freud poderia dizer sobre isso? Algo como uma advertência sobre a inutilidade de alguma coisa que estou fazendo na vida? Considero esse sonho uma versão modificada daquele que você está correndo e não sai do lugar. Como naquele livro do Michael Ende, Manu, a menina que sabia ouvir. Que medo eu tinha dessa história! Pra você fugir não podia correr, era tudo ao contrário!! Mas uma vez tive esse tipo de sonho. O pior é que tinha um maníaco, que eu não conseguia ver, mas sabia que estava lá, com uma faca, me perseguindo.
Tem outro lugar também bem manjado quando vou pro reino do Sandman. Na minha cabeça é Búzios, mas eu não sei porque. É um rochedo perto do mar que eu vou e encontro pessoas conhecidas (cada vez uma diferente). Sempre que vou lá é a primeira vez, mas sempre fico com a sensação de que já fui lá alguma outra vez. Alguma outra vez que não no sonho anterior, que na hora que estou sonhando não é, digamos assim, uma lembrança.
Já tive outros sonhos mais e outros menos bizarros também. Sonhos de morte e de outras vidas (ou assim parecem). Mas eu tenho inveja mesmo de dois sonhos não sonhados por mim. Um do Emiliano, que ele cai num buraco e começa a fumar um cigarro por que demora muito pra chegar no fundo(repetido algumas vezes seguidas e depois nunca mais). E outro do André, que ele se via numa janela de um prédio na frente dele mesmo (nem consigo passar toda a maluquice dos vais-e-vens do perspectivismo estranho que ele me contou). Isso é o que ficou deles pra mim. Até já tentei sonhá-los, depois que eu vi no Mundo de Beakman que se você dormir pensando em algo pode acabar sonhando com isso.
Mas essa técnica nunca deu certo. Nem mesmo com mulher pelada.
quinta-feira, agosto 25, 2005
Algo sobre representação
Ah, em tempo.
Finalmente pude ver uns pedaços da tal novela do Falabella e a nambiquara doméstica. Já tinha ouvido falar bastante disso, e lido notas de repúdio apaixonadas (bem próprias do meio), mas sempre me esquecia de assistir, porque no mesmo horário passa Friends e outros seriados viciantes!
Acho sim que o movimento indígena tem que botar a boca no trombone e reclamar da representação humilhante reservada à personagem índia (soma-se assim mais um grupo ao hall dos depreciados nas novelas. Quer dizer, na verdade, isso de índio burro, selvagem, preguiçoso, serviçal, promíscuo, não é de hoje). E os próprios índios devem protestar também, claro! O interessante nisso tudo é que a tal Bumba não está nem aí com isso! Deve ganhar um salário razoável e se satisfaz pessoalmente com a bizarra fama. Os outros que reclamam.
Hoje mesmo terminei meu trabalhinho que toca nesse delicado ponto da produção teórica/ postura política de defesa das populações indígenas. Existe um hiato enorme (mas não irreconciliável, aliás muito bem resolvido por muitos "pesquisadores-militantes", como chama a Eunice) entre os discursos dos dois campos - na verdade bem conectados. Enquanto os antropólogos gastam saliva e tinta para dizer que as culturas não são estáticas e novas formas de organização e práticas não equivalem a constatar que uma sociedade aculturou-se ou morreu, o índio (que índio?) muitas vezes tem que ocupar o lugar que lhe reservam na busca de direitos, e vestir a roupa de índio, fazer e dizer exatamente o que lhe dá capital para conseguir um lugar ao sol. Nada contra. Mas às vezes parece um tanto estranho isso tudo, isto sim um pouco esquizofrênico...
Por favor, não digam que sou contra a produção acadêmica, contra a etnogênese ou contra as políticas de venda de cultura pra ong estrangeira que dá dinheiro pra projeto pra floresta. Eu sei o quanto isso pode queimar carinha no meio. É apenas minha impressão sobre a questão. Todo cuidado é pouco, afinal, não quero afugentar os poucos leitores deste blog...
Finalmente pude ver uns pedaços da tal novela do Falabella e a nambiquara doméstica. Já tinha ouvido falar bastante disso, e lido notas de repúdio apaixonadas (bem próprias do meio), mas sempre me esquecia de assistir, porque no mesmo horário passa Friends e outros seriados viciantes!
Acho sim que o movimento indígena tem que botar a boca no trombone e reclamar da representação humilhante reservada à personagem índia (soma-se assim mais um grupo ao hall dos depreciados nas novelas. Quer dizer, na verdade, isso de índio burro, selvagem, preguiçoso, serviçal, promíscuo, não é de hoje). E os próprios índios devem protestar também, claro! O interessante nisso tudo é que a tal Bumba não está nem aí com isso! Deve ganhar um salário razoável e se satisfaz pessoalmente com a bizarra fama. Os outros que reclamam.
Hoje mesmo terminei meu trabalhinho que toca nesse delicado ponto da produção teórica/ postura política de defesa das populações indígenas. Existe um hiato enorme (mas não irreconciliável, aliás muito bem resolvido por muitos "pesquisadores-militantes", como chama a Eunice) entre os discursos dos dois campos - na verdade bem conectados. Enquanto os antropólogos gastam saliva e tinta para dizer que as culturas não são estáticas e novas formas de organização e práticas não equivalem a constatar que uma sociedade aculturou-se ou morreu, o índio (que índio?) muitas vezes tem que ocupar o lugar que lhe reservam na busca de direitos, e vestir a roupa de índio, fazer e dizer exatamente o que lhe dá capital para conseguir um lugar ao sol. Nada contra. Mas às vezes parece um tanto estranho isso tudo, isto sim um pouco esquizofrênico...
Por favor, não digam que sou contra a produção acadêmica, contra a etnogênese ou contra as políticas de venda de cultura pra ong estrangeira que dá dinheiro pra projeto pra floresta. Eu sei o quanto isso pode queimar carinha no meio. É apenas minha impressão sobre a questão. Todo cuidado é pouco, afinal, não quero afugentar os poucos leitores deste blog...
Procuram-se novas costas!
Hoje terminei e entreguei um dos trabalhos!! Que trabalho...
Nem vai dar pra comemorar muito porque tenho outro pra semana que vem, mas pelo menos dá pra relaxar um pouquinho... hoje pude voltar a fuçar nuns blogs aí e aproveito para deixar aqui o link para o blogue (como ele diz) do Marcelo Leite, recém-doutor lá pela casa de tantos colegas. Tem posts bem interessantes! O do biólogo punk achei o máximo!
Nem vai dar pra comemorar muito porque tenho outro pra semana que vem, mas pelo menos dá pra relaxar um pouquinho... hoje pude voltar a fuçar nuns blogs aí e aproveito para deixar aqui o link para o blogue (como ele diz) do Marcelo Leite, recém-doutor lá pela casa de tantos colegas. Tem posts bem interessantes! O do biólogo punk achei o máximo!
sábado, agosto 20, 2005
Sexta à noite no Shopping
Está comprovado! Tenho pânico de packs of teens (não gosto de ser daqueles que usam expressões em inglês pra qquer coisa, mas neste caso a idéia que passa é melhor que em português. Apesar que matilha de adolescentes pode ser também)!
Ontem fui jantar no Almanara (que merece um post à parte qquer dia desses) com a Dani, minha mãe, Lelê e Vanessa. Shopping sexta à noite normalmente é lotado. Normalmente tem bastante gente jovem. Normalmente não é uma experiência agradável. Só que ontem, 80% das pessoas que vc tinha que desviar nos corredores, nas lojas, na praça de alimentação e mesmo no estacionamento, variavam da idade de 12 a 15 anos!
Uns falavam alto e grosso pra impressionar os amigos ou as meninas, que andavam de mãos dadas falando entre si. Outros não estavam nem aí e desafinavam mesmo - o diferencial de gênero nesse caso era a indumentária.
Achei que era uma excursão de algum colégio de uma cidade mais interior que Campinas. Isso porque quando tinha a idade deles, tinha excursão do colégio uma vez a cada semestre, mais ou menos, pra gente assistir a alguma peça de teatro em SP, ou uma exposição, ou algo cultural e prafrentex. Daí, como adolescente não pode viver só de ver peça Ornitorrinco do Rosset, no final do dia íamos a um shopping - lembro de termos ido ao Iguatemi e também ao Shopping Paulista uma vez (atravessávamos a Paulista em hordas, do McDonalds ao Shopping e vice-versa, deixando motoristas e monitores do colégio em pânico). Mas o preferido era o Morumbi mesmo. Pra quem só tinha Iguatemi Campinas, naquela época bem menor que hoje, o Morumbi era um monstro! Havia muitas lojas legais, restaurantes de fast food que só existiam em SP (como Pizza Hut, por exemplo), um espaço de fliperama muito bacana e tinha até mesmo uma loja de instrumentos musicais e outra de modelismo!
Enfim, quando vi tanto adolescente junto, comecei a achar que era uma excursão do mesmo tipo das que eu participava quando moleque, só mais meia-boca (porque sempre tem alguém mais jeca que você, tirando foto da grande árvore morta na entrada do D. Pedro. É toda uma cadeia alimentar). Mas o mais estranho é que ficava apreensivo quando via chegando no sentido contrário um bando de adolescentes com roupas bizarras, todos de boné, celular a tira-colo e com máquina digital na mão! Começava a apressar o passo e tentar chegar logo no Almanara, comer e ir embora! Nunca aquele lugar pareceu tanto um oásis quanto os designers que projetaram o restaurante queriam que parecesse.
Aliás, isso me faz lembrar outro trauma. Nesso caso, mais um medo de algo que pode vir a acontecer: quando for pai. Queria muito um dia ter um filho, ou filha. Mas me causa ainda mais pânico pensar que terei que lidar nessa fase com a sociabilidade dos meus filhos com os amiguinhos deles. E o pior, o mais apavorante e aterrador de toda a história: lidar com os pais deles!! Pais que quando estão com outros pais se fazem de machões, mães que quando estão com outras mães se esmeram na arte da competição feminina (roupas, posses, capital cultural e, o mais cruel, a própria prole)! Os mesmos pais dos outros que quando vc combina de fazer rodízio pra buscar os filhos no colégio, uma vez, no dia deles, esquecem o seu na entrada!
Ontem fui jantar no Almanara (que merece um post à parte qquer dia desses) com a Dani, minha mãe, Lelê e Vanessa. Shopping sexta à noite normalmente é lotado. Normalmente tem bastante gente jovem. Normalmente não é uma experiência agradável. Só que ontem, 80% das pessoas que vc tinha que desviar nos corredores, nas lojas, na praça de alimentação e mesmo no estacionamento, variavam da idade de 12 a 15 anos!
Uns falavam alto e grosso pra impressionar os amigos ou as meninas, que andavam de mãos dadas falando entre si. Outros não estavam nem aí e desafinavam mesmo - o diferencial de gênero nesse caso era a indumentária.
Achei que era uma excursão de algum colégio de uma cidade mais interior que Campinas. Isso porque quando tinha a idade deles, tinha excursão do colégio uma vez a cada semestre, mais ou menos, pra gente assistir a alguma peça de teatro em SP, ou uma exposição, ou algo cultural e prafrentex. Daí, como adolescente não pode viver só de ver peça Ornitorrinco do Rosset, no final do dia íamos a um shopping - lembro de termos ido ao Iguatemi e também ao Shopping Paulista uma vez (atravessávamos a Paulista em hordas, do McDonalds ao Shopping e vice-versa, deixando motoristas e monitores do colégio em pânico). Mas o preferido era o Morumbi mesmo. Pra quem só tinha Iguatemi Campinas, naquela época bem menor que hoje, o Morumbi era um monstro! Havia muitas lojas legais, restaurantes de fast food que só existiam em SP (como Pizza Hut, por exemplo), um espaço de fliperama muito bacana e tinha até mesmo uma loja de instrumentos musicais e outra de modelismo!
Enfim, quando vi tanto adolescente junto, comecei a achar que era uma excursão do mesmo tipo das que eu participava quando moleque, só mais meia-boca (porque sempre tem alguém mais jeca que você, tirando foto da grande árvore morta na entrada do D. Pedro. É toda uma cadeia alimentar). Mas o mais estranho é que ficava apreensivo quando via chegando no sentido contrário um bando de adolescentes com roupas bizarras, todos de boné, celular a tira-colo e com máquina digital na mão! Começava a apressar o passo e tentar chegar logo no Almanara, comer e ir embora! Nunca aquele lugar pareceu tanto um oásis quanto os designers que projetaram o restaurante queriam que parecesse.
Aliás, isso me faz lembrar outro trauma. Nesso caso, mais um medo de algo que pode vir a acontecer: quando for pai. Queria muito um dia ter um filho, ou filha. Mas me causa ainda mais pânico pensar que terei que lidar nessa fase com a sociabilidade dos meus filhos com os amiguinhos deles. E o pior, o mais apavorante e aterrador de toda a história: lidar com os pais deles!! Pais que quando estão com outros pais se fazem de machões, mães que quando estão com outras mães se esmeram na arte da competição feminina (roupas, posses, capital cultural e, o mais cruel, a própria prole)! Os mesmos pais dos outros que quando vc combina de fazer rodízio pra buscar os filhos no colégio, uma vez, no dia deles, esquecem o seu na entrada!
sexta-feira, agosto 19, 2005
Os neurônios que se vão
Momento neuras:
Às vezes, quando bebo destilados, me vem à cabeça uma cena daquele filme Curso de Verão. Quando o professor Shoop está ensinado a aluna a dirigir e ele descobre que o Chainsaw e o amigo dele, o Dave, beberam vodka e estavam bêbados. Aí ele diz ao Chainsaw que se continuasse a beber vodka iria matar os neurônios restantes e voltaria a ser macaco! Aquilo ficou marcado na minha cabeça! Aí, quando eu bebo os destilados, às vezes eu páro e faço um balanço: será que tenho menos neurônios agora, será que estou ficando burro?
Ainda bem que não aconteceu coisa semelhante com cerveja. O poder dos traumas de infância são poderosos!
Às vezes, quando bebo destilados, me vem à cabeça uma cena daquele filme Curso de Verão. Quando o professor Shoop está ensinado a aluna a dirigir e ele descobre que o Chainsaw e o amigo dele, o Dave, beberam vodka e estavam bêbados. Aí ele diz ao Chainsaw que se continuasse a beber vodka iria matar os neurônios restantes e voltaria a ser macaco! Aquilo ficou marcado na minha cabeça! Aí, quando eu bebo os destilados, às vezes eu páro e faço um balanço: será que tenho menos neurônios agora, será que estou ficando burro?
Ainda bem que não aconteceu coisa semelhante com cerveja. O poder dos traumas de infância são poderosos!
Mulheres e carros
Hoje assisti na sessão da tarde (finalmente voltam os filmes bons!) Sem Licença para dirigir!! Tudo bem, talvez só agrade aos nascidos no final da década de 70, e hoje seja apenas um filminho chinfrim pros adolescentes atuais. Mas eu acho que Licence to drive tinha algumas das melhores coisas dos filmes anos 80!
É a travessia de um dia, ou uma noite, com confusões e final feliz básicos (exceção: O último americano virgem. Esse tem um dos finais mais tristes e mais realistas da safra sessão da tarde) que eu adorava assistir quando moleque! Trama que se desenrola em um período curto de tempo e que passa alguma coisa sobre um evento significativo. Muita coisa pode mudar numa noite! Seja em uma despedida de solteiro, em uma caça a um tesouro pirata, em uma noitada com os amigos no carro roubado da garagem de casa. As crianças ou adolescentes sobrevivem e terminam a história de alguma forma diferentes. Pode assistir todos esses filmes e ver se eu não tenho razão. É uma espécie de inocência no enfrentamento do mundo (toda hora a pessoa quase morre, ou quase se ferra. E quando você pensa que está tudo perdido, dá certo! Como muitas vezes aconteceu na minhas farras de adolescente em que responsabilidade tinha um aspecto totalmente diferente de hoje. Não pensava em nem a metade dos fatores envolvidos na equação). Mas é engraçado como os Coreys, já citados nesse blog, estão em vários desses filmes. Juntos ou não.
Outra coisa legal é que não sabia que a Mercedes é a Heather Graham, que eu gosto muito e está ótima em Scrubs! E ela está com a mesma cara!! Interessante isso. A Molly Ringwald envelheceu, os Coreys também, mas ela está igual! Adorei perder a tarde assistindo o filme! Tinha que trabalhar, mas valeu a pena! A neurose automobilística / paixão quando você tem 16 anos, que o filme mostra, toca fundo no coração. Me identifico totalmente! Só faltava assistir tendo pipoca e suco pra acompanhar!
É a travessia de um dia, ou uma noite, com confusões e final feliz básicos (exceção: O último americano virgem. Esse tem um dos finais mais tristes e mais realistas da safra sessão da tarde) que eu adorava assistir quando moleque! Trama que se desenrola em um período curto de tempo e que passa alguma coisa sobre um evento significativo. Muita coisa pode mudar numa noite! Seja em uma despedida de solteiro, em uma caça a um tesouro pirata, em uma noitada com os amigos no carro roubado da garagem de casa. As crianças ou adolescentes sobrevivem e terminam a história de alguma forma diferentes. Pode assistir todos esses filmes e ver se eu não tenho razão. É uma espécie de inocência no enfrentamento do mundo (toda hora a pessoa quase morre, ou quase se ferra. E quando você pensa que está tudo perdido, dá certo! Como muitas vezes aconteceu na minhas farras de adolescente em que responsabilidade tinha um aspecto totalmente diferente de hoje. Não pensava em nem a metade dos fatores envolvidos na equação). Mas é engraçado como os Coreys, já citados nesse blog, estão em vários desses filmes. Juntos ou não.
Outra coisa legal é que não sabia que a Mercedes é a Heather Graham, que eu gosto muito e está ótima em Scrubs! E ela está com a mesma cara!! Interessante isso. A Molly Ringwald envelheceu, os Coreys também, mas ela está igual! Adorei perder a tarde assistindo o filme! Tinha que trabalhar, mas valeu a pena! A neurose automobilística / paixão quando você tem 16 anos, que o filme mostra, toca fundo no coração. Me identifico totalmente! Só faltava assistir tendo pipoca e suco pra acompanhar!
quinta-feira, agosto 18, 2005
quarta-feira, agosto 17, 2005
Uma mulher
Nunca saiu do Chile. Apenas duas vezes, nos seus 32 anos de vida meio vivida, chegou a sair de Santiago. Em uma delas foi a Valparaíso visitar La Sebastiana e fazer sua peregrinação. Já existia há alguns dias no dia em que morria de desgosto o grande poeta, razão pela qual seu pai muito se decepcionou com o fato de não ganhar um herdeiro varão e nomeá-lo Neftalí em homenagem ao ídolo. O que acabou sendo, evidentemente, uma grande sorte para Béa.
Ninguém poderia culpá-la se ficasse ressentida com o início de relacionamento pouco promissor que teve com seu progenitor, devido apenas a ausência de um pequeno Y na sua herança genética. O fato é que ele passou a amá-la do seu jeito demasiado discreto, e ela adquiriu verdadeira veneração por ele e por Pablo, o herói de seu pai.
Sentia que sua ligação com o poeta ia além do vínculo que todos os apaixonados sentem ter com ele. De fato quase morreu no bombardeio do La Moneda, quando estava com sua mãe e seu pai no caminho de volta para casa, depois da alta recebida. Sua mãe voltou ao hospital com uma concussão que a deixou desacordada três dias, e ela mesma ganhou uma cicatriz no ombro que a impedia de esquecer O Golpe. Cicatriz que possuíam tantos compatriotas seus, sempre a considerou o símbolo da ferida que atingiu todo o Chile e esmagou a alma de Pablo. A vida mutilada que sempre soube estar fadada a viver e a continuar vivendo, por algum motivo a fazia se sentir conectada visceralmente ao poeta. Ele morreu, ela passaria a existência com a sensação que sucumbira ainda respirando, apenas para suspirar e sonhar com sonetos de amor.
Béa não teve namorado. Era apaixonadíssima pela esperança de ter um amor, mas nunca se interessou por alguém da mesma maneira suave e ao mesmo tempo arrebatadora, como encontrava nos poemas que tanto admirava. Era lindíssima, olhos de corsa de um negro absoluto, cabelo castanho mantido sempre curto, a boca de um intenso rubro natural. Mas tinha uma capacidade inigualável de passar despercebida.
Há um ano escreveu seu testemunho ao mundo. Ao pensar no que diria aos que viriam depois dela, escreveu: "nasceu moribunda e à espera ficou, até que expirou". Parou por um instante, leu a linha solitária, riscou tudo e resolveu deixar: "fazia um Pollo Arvejado delicioso".
Ninguém poderia culpá-la se ficasse ressentida com o início de relacionamento pouco promissor que teve com seu progenitor, devido apenas a ausência de um pequeno Y na sua herança genética. O fato é que ele passou a amá-la do seu jeito demasiado discreto, e ela adquiriu verdadeira veneração por ele e por Pablo, o herói de seu pai.
Sentia que sua ligação com o poeta ia além do vínculo que todos os apaixonados sentem ter com ele. De fato quase morreu no bombardeio do La Moneda, quando estava com sua mãe e seu pai no caminho de volta para casa, depois da alta recebida. Sua mãe voltou ao hospital com uma concussão que a deixou desacordada três dias, e ela mesma ganhou uma cicatriz no ombro que a impedia de esquecer O Golpe. Cicatriz que possuíam tantos compatriotas seus, sempre a considerou o símbolo da ferida que atingiu todo o Chile e esmagou a alma de Pablo. A vida mutilada que sempre soube estar fadada a viver e a continuar vivendo, por algum motivo a fazia se sentir conectada visceralmente ao poeta. Ele morreu, ela passaria a existência com a sensação que sucumbira ainda respirando, apenas para suspirar e sonhar com sonetos de amor.
Béa não teve namorado. Era apaixonadíssima pela esperança de ter um amor, mas nunca se interessou por alguém da mesma maneira suave e ao mesmo tempo arrebatadora, como encontrava nos poemas que tanto admirava. Era lindíssima, olhos de corsa de um negro absoluto, cabelo castanho mantido sempre curto, a boca de um intenso rubro natural. Mas tinha uma capacidade inigualável de passar despercebida.
Há um ano escreveu seu testemunho ao mundo. Ao pensar no que diria aos que viriam depois dela, escreveu: "nasceu moribunda e à espera ficou, até que expirou". Parou por um instante, leu a linha solitária, riscou tudo e resolveu deixar: "fazia um Pollo Arvejado delicioso".
terça-feira, agosto 16, 2005
Parênteses
Momento piegas:
Muito legal o Pelé-Maradona de ontem! Realmente fiquei emocionado quando os dois começaram a bater bola! Agora, como doía ouvir o portunhol do Pelé...
Muito legal o Pelé-Maradona de ontem! Realmente fiquei emocionado quando os dois começaram a bater bola! Agora, como doía ouvir o portunhol do Pelé...
Sempre me ligando
Lembrei hoje daquela festa. Vergonha? Saudades? Saudades de ter vergonha?
Naquela época eu gostava do Robert Smith e do Cure, gostava de usar o cabelo espetado em pé, usar preto e ser um menino esquisito - gótico quando podia ser gótico. Só não usava maquiagem porque isso era pedir demais - apanharia, sem dúvida, na escola. A mesma escola em que marchava a esmo junto com alguns outros misfits. E na hora do recreio (intervalo só entrou no meu vocabulário anos depois) procurava não chamar muita atenção e trocava fitas cassetes do Violator do Depeche Mode ou jogava bafo com os garotos menos intimidadores. Figurinhas do Thundercats.
Nessa festa fui de bicão. O pessoal todo da minha turma estava lá, mas eu não fui convidado. Estou aí? Acho que no fundo gosto de ser excluído, gosto de me sentir perseguido, encher a cara e causar revolta. Pena? Espero que nunca tenha inspirado pena. Mas então as pessoas não precisavam levar 1 caixa de cerveja barata - a bebida rolava a noite toda e um pé rapado podia beber a vontade. Você podia se dar ao luxo de não conseguir pensar em mais nada ainda na primeira metade da madrugada.
Lá estava ela na pista. Deuses, como aquele vestidinho era horrível. E o cabelo então? Não interessa, estou apaixonado e estou bêbado o suficiente. Posso investir. Mas isso não foi em outra festa? Confudo tudo, não sei o que era de um dia, o que era de outro e o que eu inventei porque queria que acontecesse. Nós realmente dançamos quando tocou there's a light that never go out? Pensando bem... ela era realmente bonita?
Naquela época eu gostava do Robert Smith e do Cure, gostava de usar o cabelo espetado em pé, usar preto e ser um menino esquisito - gótico quando podia ser gótico. Só não usava maquiagem porque isso era pedir demais - apanharia, sem dúvida, na escola. A mesma escola em que marchava a esmo junto com alguns outros misfits. E na hora do recreio (intervalo só entrou no meu vocabulário anos depois) procurava não chamar muita atenção e trocava fitas cassetes do Violator do Depeche Mode ou jogava bafo com os garotos menos intimidadores. Figurinhas do Thundercats.
Nessa festa fui de bicão. O pessoal todo da minha turma estava lá, mas eu não fui convidado. Estou aí? Acho que no fundo gosto de ser excluído, gosto de me sentir perseguido, encher a cara e causar revolta. Pena? Espero que nunca tenha inspirado pena. Mas então as pessoas não precisavam levar 1 caixa de cerveja barata - a bebida rolava a noite toda e um pé rapado podia beber a vontade. Você podia se dar ao luxo de não conseguir pensar em mais nada ainda na primeira metade da madrugada.
Lá estava ela na pista. Deuses, como aquele vestidinho era horrível. E o cabelo então? Não interessa, estou apaixonado e estou bêbado o suficiente. Posso investir. Mas isso não foi em outra festa? Confudo tudo, não sei o que era de um dia, o que era de outro e o que eu inventei porque queria que acontecesse. Nós realmente dançamos quando tocou there's a light that never go out? Pensando bem... ela era realmente bonita?
domingo, agosto 14, 2005
Para... nóia
Ah, paellada no dia dos pais... muito chopp, cerveja, comida pra um batalhão e pra completar, um merengue de morango maravilhoso regado à leite condensado e creme de leite! Tudo com a italianada reunida! Tô completamente cheio e totalmente improdutivo pelo resto do dia! Porque minha família é tão exagerada?
Ah sim, por falar em família e por falar em Itália, descobri esses dias a maravilha do Google Earth! Achei a cidadezinha dos meus antepassados na Campania! Uma porcariazinha de 1800 habitantes com uma rua principal e algumas casinhas espalhadas... Fico imaginando a dinâmica e o cotidiano da cidade... deve ser uma mistura de Tolkien com uma peça de Shakespeare. Afinal de contas, tem apenas quatro famílias no lugar! Devem ser os Montequio, os Capuleto, a minha e os Bolseiros né?!
Mas que é esse programa?! Fiquei impressionado e também preocupado... se um programinha que você pode pegar de graça na internet te permite ver sua própria casa numa foto de satélite, imagina o que a CIA não tem funcionando lá com eles?!!! O que será que algumas pessoas sabem sobre suas intimidades mais recônditas?!! Afinal, já dizia Raul:
"Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro"
Finalmente Deus arrumou um substituto...
Ah sim, por falar em família e por falar em Itália, descobri esses dias a maravilha do Google Earth! Achei a cidadezinha dos meus antepassados na Campania! Uma porcariazinha de 1800 habitantes com uma rua principal e algumas casinhas espalhadas... Fico imaginando a dinâmica e o cotidiano da cidade... deve ser uma mistura de Tolkien com uma peça de Shakespeare. Afinal de contas, tem apenas quatro famílias no lugar! Devem ser os Montequio, os Capuleto, a minha e os Bolseiros né?!
Mas que é esse programa?! Fiquei impressionado e também preocupado... se um programinha que você pode pegar de graça na internet te permite ver sua própria casa numa foto de satélite, imagina o que a CIA não tem funcionando lá com eles?!!! O que será que algumas pessoas sabem sobre suas intimidades mais recônditas?!! Afinal, já dizia Raul:
"Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro"
Finalmente Deus arrumou um substituto...
sábado, agosto 13, 2005
Uma ou duas coisinhas...
Estou meio sem atualizar o blog porque provavelmente vou terminar agosto como um verdadeiro ermitão! Estou até pensando em deixar a barba crescer e fingir que não tive tempo de cuidar da toilet! Não, sem brincadeira, tô fu... pra começar, não terminei os trabalhos do semestre passado. Vou apresentar seminário ainda esse mês, tenho leituras que ocupariam uma pessoa por um ano para essas semanas, e o pior de tudo é que acho que vou mudar o meu projeto. De novo! Isso porque preciso mandar logo pra fapesp... em compensação, em setembro não tem nada programado!
Hoje pouco antes do almoço (pô, muito chato, morreu o chefinho... Francisco Milani, e o Miguel Arraes tb. Justo no dia que eu acordo cedo aparece o famigerado e diabólico "plantão da globo"!) eu estava zapeando na tv e parei pra assistir a Nigela fazendo bolo de chocolate! Que é aquilo?! Ela faz de propósito! Segundo a Dani, a Messalina da cozinha. Há algum tempo, também espertamente, no final do programa, ela entra de camisola, à noite, pra roubar 1 pedacinho de comida na cozinha iluminada apenas pela luz da geladeira aberta! Chega a ser cruel! Tudo bem, ela não é nenhuma Calista Flockhart, mas as coisas que ela faz não são recomendáveis para os neuróticos da comida! Ou então ela é bulímica. Nada lá é diet! Aliás, por isso mesmo que é maravilhoso! Agora, ver isso justamente quando eu pensava em esquentar as sobras de ontem, fazer um miojo com molho de tomate ou um hamburger... sacanagem!
Ontem a Sofia veio aqui em casa (do jeito que falo parece que veio sozinha)! E ficou soltando uns barulhinhos fofos quando viu os gatos, que mais do que prontamente fugiram da pessoinha. Mas ela está um barato, quase andando, cada vez mais comunicativa! Vou lembrar de uma citação do Piaget que foi reproduzida num texto do Bourdieu (faço aqui um horrível deputado Apud Neto do Mario Prata): "Não é que os bebês não saibam falar: experimentam muitas linguagens até que acertam aquela que os pais podem entender". Isso me faz ver que, isso de ser chique e dizer que os que normalmente são relegados a um nível abaixo do macho humano adulto caucasiano têm uma sabedoria ou uma inteligência subestimada, não é de maneira alguma exclusividade dos descolados de hoje. Com a ressalva que o risco disso virar pedante é cada vez maior (bom, eu fiz a minha crítica, então posso usar o Apud descolado! hehe).
Hoje pouco antes do almoço (pô, muito chato, morreu o chefinho... Francisco Milani, e o Miguel Arraes tb. Justo no dia que eu acordo cedo aparece o famigerado e diabólico "plantão da globo"!) eu estava zapeando na tv e parei pra assistir a Nigela fazendo bolo de chocolate! Que é aquilo?! Ela faz de propósito! Segundo a Dani, a Messalina da cozinha. Há algum tempo, também espertamente, no final do programa, ela entra de camisola, à noite, pra roubar 1 pedacinho de comida na cozinha iluminada apenas pela luz da geladeira aberta! Chega a ser cruel! Tudo bem, ela não é nenhuma Calista Flockhart, mas as coisas que ela faz não são recomendáveis para os neuróticos da comida! Ou então ela é bulímica. Nada lá é diet! Aliás, por isso mesmo que é maravilhoso! Agora, ver isso justamente quando eu pensava em esquentar as sobras de ontem, fazer um miojo com molho de tomate ou um hamburger... sacanagem!
Ontem a Sofia veio aqui em casa (do jeito que falo parece que veio sozinha)! E ficou soltando uns barulhinhos fofos quando viu os gatos, que mais do que prontamente fugiram da pessoinha. Mas ela está um barato, quase andando, cada vez mais comunicativa! Vou lembrar de uma citação do Piaget que foi reproduzida num texto do Bourdieu (faço aqui um horrível deputado Apud Neto do Mario Prata): "Não é que os bebês não saibam falar: experimentam muitas linguagens até que acertam aquela que os pais podem entender". Isso me faz ver que, isso de ser chique e dizer que os que normalmente são relegados a um nível abaixo do macho humano adulto caucasiano têm uma sabedoria ou uma inteligência subestimada, não é de maneira alguma exclusividade dos descolados de hoje. Com a ressalva que o risco disso virar pedante é cada vez maior (bom, eu fiz a minha crítica, então posso usar o Apud descolado! hehe).
domingo, agosto 07, 2005
Sobre a mútua ignorada na rua
Putz, e ontem que eu dei uma porrada com o nariz na porta do quarto!! Raios, ficou um calombo que dói pra caramba! Ultimamente tô muito desastrado, dando topada no dedão, joelhada na mesa, cabeçada na cama... outro dia não sei como acertei meu bíceps numa quina! Ficou doendo por 3 dias... minha coordenação tá indo pro saco!
Para Cris: li seu último post sobre esses encontros desconfortáveis e tenho algo a relatar a respeito! Hoje fui lá na Casa da Sobremesa, na norte-sul (que aliás é uma perdição!) e aconteceu algo parecido comigo. Lembrei do seu post na hora... Vi uma colega minha da época de ginásio e ambos fingimos que não nos reconhecemos e continuamos nosso dia felizes e contentes. Ela fingiu que estava concentrada pagando e eu sentei numa cadeira de costas para o caixa. Resolvido. Até ai, nenhuma grande novidade. Isso acontece toda hora; e com pessoas que não necessariamente não vemos há mais de uma década. Bom, nem fomos tão amigos assim, mas não é essa a questão principal. O lance é que tínhamos nos encontrado no maldito orkut umas poucas semanas atrás!
Afinal de contas, colecionamos amiguinhos no orkut, mas só se forem virtuais! Muito estranho isso. Aliás, não sei o que é mais estranho: não conhecer direito a pessoa e ficar amigo no orkut e depois vc a encontrar e se ver na obrigação de dizer "e aí fulano, como vai? Precisamos combinar aquela cervejinha, heim", sendo que em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) ambos estariam satisfeitos com uma ignorada recíproca básica. Ou então vc fazer o que fiz hoje. Poderia até pensar "ah, mas isso do orkut estimula uma possível amizade ou então reata antigas" ou algo assim. Mas acho que sou cínico o suficiente pra não ver essas coisas tão simples ou cor de rosa. Alguém poderia me perguntar "mas porque aceitou o convite de amizade no orkut em primeiro lugar?" (ou porque está nesse orkut afinal?), ou então "porque combina de sair se ambos sabem que isso é apenas gargantagem?". Pois aí acho que não sou cínico o suficiente. Ou simplesmente não tenho coragem de fazer isso. O que é bizarro, porque conscientemente não vejo necessidade de ter 200 amigos virtuais que nunca vou encontrar, mas mesmo assim vira e mexe eu procuro conhecidos naquela desgraça. Bom, talvez não seja tão bizarro assim; uma estranheza natural das pessoas... vai saber?!
Para Cris: li seu último post sobre esses encontros desconfortáveis e tenho algo a relatar a respeito! Hoje fui lá na Casa da Sobremesa, na norte-sul (que aliás é uma perdição!) e aconteceu algo parecido comigo. Lembrei do seu post na hora... Vi uma colega minha da época de ginásio e ambos fingimos que não nos reconhecemos e continuamos nosso dia felizes e contentes. Ela fingiu que estava concentrada pagando e eu sentei numa cadeira de costas para o caixa. Resolvido. Até ai, nenhuma grande novidade. Isso acontece toda hora; e com pessoas que não necessariamente não vemos há mais de uma década. Bom, nem fomos tão amigos assim, mas não é essa a questão principal. O lance é que tínhamos nos encontrado no maldito orkut umas poucas semanas atrás!
Afinal de contas, colecionamos amiguinhos no orkut, mas só se forem virtuais! Muito estranho isso. Aliás, não sei o que é mais estranho: não conhecer direito a pessoa e ficar amigo no orkut e depois vc a encontrar e se ver na obrigação de dizer "e aí fulano, como vai? Precisamos combinar aquela cervejinha, heim", sendo que em CNTP (condições normais de temperatura e pressão) ambos estariam satisfeitos com uma ignorada recíproca básica. Ou então vc fazer o que fiz hoje. Poderia até pensar "ah, mas isso do orkut estimula uma possível amizade ou então reata antigas" ou algo assim. Mas acho que sou cínico o suficiente pra não ver essas coisas tão simples ou cor de rosa. Alguém poderia me perguntar "mas porque aceitou o convite de amizade no orkut em primeiro lugar?" (ou porque está nesse orkut afinal?), ou então "porque combina de sair se ambos sabem que isso é apenas gargantagem?". Pois aí acho que não sou cínico o suficiente. Ou simplesmente não tenho coragem de fazer isso. O que é bizarro, porque conscientemente não vejo necessidade de ter 200 amigos virtuais que nunca vou encontrar, mas mesmo assim vira e mexe eu procuro conhecidos naquela desgraça. Bom, talvez não seja tão bizarro assim; uma estranheza natural das pessoas... vai saber?!
sábado, agosto 06, 2005
Tunes for the drunk
Eu e a Dani estamos colecionando músicas de bar. Ah sim, existem muitas delas por aí! Algumas com várias versões.
Ontem eu ganhei um chopp potter que ficou desncansando num barril de carvalho de whiskey 6 anos! Tem coisa mais chique?! Pobre Emijo que teve que morrer com a exorbitância da brincadeira, porque eu não tinha dinheiro...
Ah, os bailinhos e a meleca de passar no cabelo...
Já entendi o que acontece comigo! Estou regredindo à adolescência! Que outra explicação pra ficar ouvindo Pulp e Bon Jovi (dos anos 80, é claro) com tanto gosto?! Hoje fiquei procurando musiquinhas de adolescente da minha época de adolescente.
Tá certo que essa que está aí embaixo é bem mais recente, mas é só trocar uns nomes e dá tudo certo... ela é meio 80s em espírito mesmo...
E eu que comprei o novo Harry Potter mas fiquei com medo de ler... segundo a Dani e o Emiliano, o Harry Potter chegou nessa época das primeiras (e piores) desgraças do amor sem consequência da juventude. Segundo eles, as idas, vindas e confusões desses dramas no livro dão até aflição! Bom, e isso porque ainda não cedi à tentação de ficar assistindo coisas do tipo "O último americano virgem" ou "O clube dos 5" de tarde...
Ah! E outro dia eu vi a Molly Ringwald na tv!!!! Está está uma tia! Com o Stoltz o choque não é tão grande porque ele não tinha desaparecido por completo. Se até ela (e os Coreys então?!) estão ficando velhos, as coisas ficam realmente preocupantes! Meu projeto de voltar a jogar basquete tem que ser acelerado! Até subir escadas me cansa ultimamente...
Mas outro medo: fazer as coisas de antes sem ser igual a antes pode ser assustador! A molecada que estava engatinhando quando eu comecei a jogar olham meio desconfiados pra mim quando eu entro na quadra... ainda bem que tem uns comparsas contemporâneos que vão lá também... mas imagina se eu fosse dançar bailinho então?! Bom, passar gel no cabelo não rola mais...
Tá certo que essa que está aí embaixo é bem mais recente, mas é só trocar uns nomes e dá tudo certo... ela é meio 80s em espírito mesmo...
E eu que comprei o novo Harry Potter mas fiquei com medo de ler... segundo a Dani e o Emiliano, o Harry Potter chegou nessa época das primeiras (e piores) desgraças do amor sem consequência da juventude. Segundo eles, as idas, vindas e confusões desses dramas no livro dão até aflição! Bom, e isso porque ainda não cedi à tentação de ficar assistindo coisas do tipo "O último americano virgem" ou "O clube dos 5" de tarde...
Ah! E outro dia eu vi a Molly Ringwald na tv!!!! Está está uma tia! Com o Stoltz o choque não é tão grande porque ele não tinha desaparecido por completo. Se até ela (e os Coreys então?!) estão ficando velhos, as coisas ficam realmente preocupantes! Meu projeto de voltar a jogar basquete tem que ser acelerado! Até subir escadas me cansa ultimamente...
Mas outro medo: fazer as coisas de antes sem ser igual a antes pode ser assustador! A molecada que estava engatinhando quando eu comecei a jogar olham meio desconfiados pra mim quando eu entro na quadra... ainda bem que tem uns comparsas contemporâneos que vão lá também... mas imagina se eu fosse dançar bailinho então?! Bom, passar gel no cabelo não rola mais...
sexta-feira, agosto 05, 2005
Disco 2000
Well we were born within one hour of each other
Our mothers said we could be sister and brother
Your name is Deborah -
Deborah
It never suited ya
And they said that when we grew up,
We’d get married, and never split up
We never did it, although often I thought of it
Oh Deborah, do you recall?
Your house was very small,
With wood chip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own on -
That damp and lonely thursday years ago
You were the first girl at school to get breasts.
Martyn said that yours were the best.
The boys all loved you but I was a mess.
I had to watch them trying to get you undressed.
We were friends but that was as far as it went.
I used to walk you home sometimes but it meant,
Oh it meant nothing to you,
Cos you were so popular
Deborah, do you recall?
Your house was very small,
With woodchip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own -
On that damp and lonely thursday years ago
Ah do you recall?
Your house was very small,
With wood chip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own -
On that damp and lonely thursday years ago.
Oh what are you doing sunday baby?
Would you like to come and meet me maybe?
You can even bring your baby
Pulp
Our mothers said we could be sister and brother
Your name is Deborah -
Deborah
It never suited ya
And they said that when we grew up,
We’d get married, and never split up
We never did it, although often I thought of it
Oh Deborah, do you recall?
Your house was very small,
With wood chip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own on -
That damp and lonely thursday years ago
You were the first girl at school to get breasts.
Martyn said that yours were the best.
The boys all loved you but I was a mess.
I had to watch them trying to get you undressed.
We were friends but that was as far as it went.
I used to walk you home sometimes but it meant,
Oh it meant nothing to you,
Cos you were so popular
Deborah, do you recall?
Your house was very small,
With woodchip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own -
On that damp and lonely thursday years ago
Ah do you recall?
Your house was very small,
With wood chip on the wall.
When I came around to call,
You didn’t notice me at all
I said let’s all meet up in the year 2000
Won’t it be strange when we’re all fully grown
Be there at 2 o’clock by the fountain down the road.
I never knew that you’d get married;
I would be living down here on my own -
On that damp and lonely thursday years ago.
Oh what are you doing sunday baby?
Would you like to come and meet me maybe?
You can even bring your baby
Pulp
quarta-feira, agosto 03, 2005
Sin City - parte 2
Bom, na verdade não tenho muitas condições de falar sobre o Sin City agora, depois de uma tarde de cevada... depois eu digo mais o que eu achei. De qualquer jeito, não posso deixar de dizer umas palavrinhas...
Filmão realmente! Os atores estão muito bem, a fotografia, maquiagem e adaptação são excelentes! E o melhor, não decepcionou! Confesso que estava com um pouco de medo. Desde quando eu ouvi falar bem do filme, achei que poderia não corresponder às expectativas. Depois que o Constatine deixou de fumar e passou a mascar chiclete, eu fico extremamente desconfiado de filmes desse tipo. Mas o Robert Rodriguez teve a moral de bancar o sangue! Não dá pra fazer uma adaptação do Marv sem sangue, de F Miller sem canalhice! Como um Wolverine que não corta e retalha. Nao existe isso!! Melhor nem filmar se for ter que fazer essas adaptações politicamente corretas!
terça-feira, agosto 02, 2005
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