quinta-feira, julho 07, 2005

Hagis, whiskey e os peixinhos moribundos

Interrompendo a crônica dos habitantes do campanário.
Hoje eu tive mais uma overdose de CPI. Teria tanta coisa pra fazer, mas não consigo deixar de assistir. Mesmo que tenha deputado e senador que entra no meio do inquérito e faz a mesma pergunta pela enésima vez, ou simplesmente não tem o trabalho de modificar ao longo do questionamento o roteirinho de perguntas que foi preparado. Engraçado que tem vários que já pensavam que sabiam que resposta o tal do Marcos Valério iria dar pra uma pergunta, e quando a resposta saiu diferente (acho que o depoimento do cara não era o que a maioria esperava, pra mim não foi com certeza), ficavam meio desconcertados.
Mas apesar da grande farsa que é essa CPI, sem quase ninguém com experiência de como interrogar (me lembro de um deputado na CPI do narcotráfico que não sabia onde enfiar a cara depois que tomou 1 fora realmente humilhante. O cara tinha certeza que o tal do Negrão tinha mentido sobre uma data de depósito bancário no exterior, mas não sabia que nos EUA mês vem antes do dia), até acho que algo de bom pode sair disso tudo. Não é possível que as pessoas ainda achem-se tão impunes e nada seja feito. Tá chegando no patamar do intolerável já.
No mais preciso preparar o rechaud pra fazer um fondue e cultivar o frio que veio de repente e finalmente! Eu lembro que na minha infância tirava o casaco e o cobertor do armário ainda em maio! Conversei outro dia com uma professora canadense e ela disse que na cidade dela já não existem mais vários tipos de peixes que moravam na agüinha fria - isso em questão de apenas uma década. Faz um tempinho que ouvimos falar em aquecimento global, mas eu não imaginava que seria tão rápido assim! Que acontece lá na Escócia além de tricotagem regada à whiskey e hagis?

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