Acho que nem no período crítico, no final da redação da minha dissertação, eu fiquei tanto tempo na frente dessa tela.
Naquela época não tinha blog. Agora estou com os pulsos doloridos da digitação e ainda arrumo coragem para fazer mais uma coisa no computador.
Outro dia estava conversando sobre isso com a minha orientadora, que me disse que também está ficando dependente da rede. Progressivamente. Como muitos conhecidos, constatei. Todos com sintomas muito parecidos.
Eu acho que meu vício com computador superou de longe quaisquer outros vícios que eu tive ou tenha: cigarro, auto-comiseração, chocolate... Quando dá algum probleminha com ele, fico estressado. Já procuro algum técnico. Outro dia, por exemplo, queimou a fonte. Pânico. Achei que era algo pior. Levei na loja, já que estava na garantia ainda. E a angústia de esperar na salinha de recepção? Me sentia como um pai, aguardando o diagnóstico sobre a doença do filho.
O interessante é que ainda me sinto cuspindo no prato, já que adoro esse meu vício. É que, às vezes, surge o pequeno grilo falante, de dedo em riste, com algumas reclamações e protestos. Mas eles são débeis e fracos. O bichinho logo vai hibernar em algum canto.
Por outro lado, devo fazer um período de desitoxicação em breve. Primeiro o Ano Novo. Na roça. Num lugar em que não tem nem telefone - quanto mais internet. Tem, felizmente, muita cerveja - e muito, mas muito barata. E depois tem a viagem de férias, quando tentarei não navegar muito.
Na verdade, acho que o que está pesando mesmo são os trabalhos. Também fiquei triste ao saber que uns amigos, quando pensaram que tinham superado um problemão e que tudo finalmente parecia dar certo (filho e emprego na Alemanha), tiveram o tapete cruelmente puxado pelo destino. Mas ainda tenho esperança que tudo se resolva para eles.
Bom, essa semana, quando terminar um dos trabalhos, devo relaxar um pouco. Tem o aniversário de uma amiga querida. Também já combinei de sair com minha leitora (e escritora) preferida, que me faz ter vontade de escrever aqui, e de quem estou morrendo de saudades. E vinda de terras próximas - só que dos gângsters - chega a Paulinha. Combinei um cinema com outros amigos, para assistir qualquer coisa, até filme da Xuxa. E quero jogar um pouco de basquete, coisa que não faço há semanas.
Só tenho que me matar esse final de semana para terminar tudo.
Coisa que venho dizendo, percebo, há tempos - desde o final da graduação diga-se de passagem. Devo ter, enfim, algum parentesco com um conhecido passarinho mágico... sempre fico esgotado e tenho que arrumar força pra renascer de novo na semana seguinte.
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Um comentário:
E ai cara, blz!? Vc deve ser o Chris, colaboror eventual do Endeavour?
Tá fazendo mestrado em que?
Gde. abraço
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