Hoje acho que caiu de vez uma ficha que devia estar perigando cair há algum tempo já: o estruturalismo está moribundo. No mínimo macambúzio (ô palavra legal essa!).
De manhã, na aula, a Suely disse que estava de ressaca de duas coisas, o que a fazia poder parar para pensar melhor sobre elas. Uma era o tal do pós-estruturalismo. A outra era o estruturalismo propriamente dito. Agora, dizia ela, é mais fácil fazer um balanço e perguntar se há tanta estrutura assim, ou, pelo contrário, se há tanta ação. Estávamos falando sobre identidade e a constituição de direitos em sua relação com o social, sobre o papel do antropólogo nisso tudo, etc e tal. No fundo, tratava-se de pensar sobre a etnogênese e os problemas do antropólogo em campo. Quando ele consegue e quando não consegue fazer pesquisa, bem como questões relaciondas. Uma coisa que desde a matéria com o Robin (o mais novo prof. titular da casa, em uma defesa lindíssima) ficava martelando na minha cabeça, é o limite da instrumentalização dos sinais diacríticos de uma identidade. Criticar o estruturalismo virou moda. Vamos criticar os críticos agora. O que é viver e experienciar de fato uma identidade e o que é manipulado? Que acontecem as duas coisas, não tenho dúvida. O lance é saber percebê-las (e nesse sentido temos uma responsabilidade gigantesca, aos dizermos para o Estado, para os sujeitos ou para nossos colegas e futuros pesquisadores, quem são e o que fazem as pessoas que ficamos anos estudando). Basta saber dançar toré para ser índio?
Eram essas coisas meio cabeludas que discutíamos. Mas o que eu realmente fiquei matutando foi sobre a ressaca da Suely com o estruturalismo. Talvez tenhamos chegado a um patamar de distanciamento em que o coloquemos de fato na balança. Ou, como na metáfora cênica, no palco.
Fiquei agora o começo da tarde na casa da minha mãe para dar almoçar e depois dar uma carona para o meu irmão para o centro. Como não sabia direito que iria fazer isso, não trouxe nada para estudar, e amanhã tem aula com a Nádia sobre uns textos do Lévi-Strauss.
Aí a Dani disse que se soubesse que iríamos ficar um tempo aqui ela traria... "o texto do Lévi-Strauss?", completei. "Isso ou o secador de cabelo". Se ela gostasse de palavras cruzadas, seria isso. Ter alguma coisa para fazer, enfim.
Interessante pensar que o estruturalismo, diferente do mito, agora já não serve só para pensar, mas para passar o tempo.
terça-feira, setembro 27, 2005
segunda-feira, setembro 26, 2005
Novas miudezas
Depois de vários dias de suor e lágrimas na confecção de um novo layout, finalmente posso estreiar a nova carinha do blog!!!
É tão bom quando as coisas, pouco a pouco, experimentalmente quase, dão certo... me sinto como se tivesse construído algo que funcionasse. Como os caras do american chopper devem se sentir quando fazem uma moto do nada, do jeito que querem.
Acho que ficou bonitinho, não?!
*******
Não vou comentar muito, mas deixo registrada minha revolta: esse juiz maldito tem que ir pra cadeia mesmo! E ficar lá por muito tempo, junto com toda sua laia. Não porque eu goste tanto assim de futebol. Mas é que estão matando as poucas coisas que restam de alegria por aqui! Há, claro, os que achem que é até bom que terminem com essas ilusões. São os que não se conformam que o Brasil pare durante o carnaval e durante a copa do mundo. Panis et circensis. Seriam como sintomas de problemas profundos de um país que ainda precisa se desenvolver muito. Agora, pergunto: desenvolver no quê? Porque por trás dessa idéia há uma utopia meio estranha do que deveria ser um bom país. Ditadura do esclarecimento? Acho que os excessos do Período do Terror serviram para mostrar algumas falácias... Não advogo uma nação de avestruzes, apenas torço para a existência de um espaço de uma certa ingenuidade saudável. Diriam esses críticos da farsa que não é só de religião que o povo se intoxica. Entretanto, acho sinceramente que para uma vida interessante deve haver uma certa dose de ópio. Marx nem era um santo, afinal de contas. Que o diga sua empregada.
É tão bom quando as coisas, pouco a pouco, experimentalmente quase, dão certo... me sinto como se tivesse construído algo que funcionasse. Como os caras do american chopper devem se sentir quando fazem uma moto do nada, do jeito que querem.
Acho que ficou bonitinho, não?!
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Não vou comentar muito, mas deixo registrada minha revolta: esse juiz maldito tem que ir pra cadeia mesmo! E ficar lá por muito tempo, junto com toda sua laia. Não porque eu goste tanto assim de futebol. Mas é que estão matando as poucas coisas que restam de alegria por aqui! Há, claro, os que achem que é até bom que terminem com essas ilusões. São os que não se conformam que o Brasil pare durante o carnaval e durante a copa do mundo. Panis et circensis. Seriam como sintomas de problemas profundos de um país que ainda precisa se desenvolver muito. Agora, pergunto: desenvolver no quê? Porque por trás dessa idéia há uma utopia meio estranha do que deveria ser um bom país. Ditadura do esclarecimento? Acho que os excessos do Período do Terror serviram para mostrar algumas falácias... Não advogo uma nação de avestruzes, apenas torço para a existência de um espaço de uma certa ingenuidade saudável. Diriam esses críticos da farsa que não é só de religião que o povo se intoxica. Entretanto, acho sinceramente que para uma vida interessante deve haver uma certa dose de ópio. Marx nem era um santo, afinal de contas. Que o diga sua empregada.
Interlúdio
Não sabia ao certo se queria escrever este post. Minha intenção não é fazer um blog melancólico, mas de qualquer forma vão aí uns desabafos...
Há algum tempo eu pensava em escrever sobre a separação tardia dos meus pais. É uma coisa meio estranha. Mais estranha ainda porque eu não sei explicar direito meu problema em relação a isso.
Afinal de contas, depois que você viveu o seu primeiro quarto de século de existência, não espera que seus pais vão mais se separar. Digo, de todo o stress e brigas que certamente ocorrem em um relacionamento, entre mortos e feridos, é de se esperar que a gota d'água deveria ter transbordado muito antes, não? Mas depois de 30 anos?! Aí eu penso "antes tarde do que nunca. Vão ser felizes agora". Só que não sei se é tão simples, ao menos para mim...
Quando terminei minha adolescência intocado por esse problema que afetava boa parte dos meus conhecidos e amigos, realmente achei que teria apenas uma casa para voltar nos domingos para comer macarronada. Tudo bem, como não experimentei isso antes, não posso dizer que meus sentimentos em relação a isso são muito diferentes dos de um adolescente ou uma criança. Por um lado, alguém mais novo pode ter muito mais problemas com uma separação. Mas por outro, exatamente porque eu achava que poderia lidar melhor com isso, acabei penando pra caramba.
Explico: Quando o negócio ficou realmente feio, tentei argumentar com ambos e intermediar as brigas, resolver tudo, ser o salvador. Grande equívoco. As coisas só pioraram. E no final, acabei nem sequer sabendo porque tudo aconteceu ou como começou. Tenho teorias. Que doem mais do que certezas.
Me estraçalhava o coração ver que depois de 3 décadas de trabalho duro, quando meus progenitores finalmente conseguiram construir a casa em que eles queriam envelhecer juntos e receber os netos, esta ficou vazia. Quer dizer, não vazia de gente, mas vazia do que poderia ter sido e quase foi. Arrisco dizer - talvez meio levado pelo envolvimento pessoal - do que deveria ter sido. Depois de décadas de construção, planos e sonhos de como seria a casa nova (desde que me lembro por gente isso era a meta principal da família. Meio como o anseio pelo incondicionado de Kant) acho que moramos todos juntos apenas 1 ano lá.
Hoje já não sofro tanto com isso, ainda que não possa dizer que seja algo totalmente resolvido. Se agora percebo que poderia ter me desgastado menos com o processo, na época me recusava a acreditar no que no fundo realmente deveria ter percebido e aceitado: "em briga de marido e mulher..." você sabe como é o ditado.
O mais trash veio justo quando me mudei (talvez um analista me dissesse que eu me sinto culpado de alguma maneira porque foi exatamente quando saí de casa que eles perceberam que poderiam se separar). Acho que mesmo se fosse muito jovem uma cena me marcaria (afinal, tenho nítidas lembranças de uma vez que meu pai ficou 1 semana fora de casa e minha avó veio pedir para minha mãe para aceitá-lo de volta. Meu irmão ainda era um bebê e eu fingia estar brincando num triciclo, quando na verdade ouvia tudo o que elas falavam): meu pai chorando ao se despedir de mim e do meu irmão, levando apenas o carro dele e uma muda de roupa.
Apenas para não deixar o post completamente down... Há um motivo porque seria melhor que isso tivesse acontecido quando fosse criança: teria ganho presentes em dobro.
Há algum tempo eu pensava em escrever sobre a separação tardia dos meus pais. É uma coisa meio estranha. Mais estranha ainda porque eu não sei explicar direito meu problema em relação a isso.
Afinal de contas, depois que você viveu o seu primeiro quarto de século de existência, não espera que seus pais vão mais se separar. Digo, de todo o stress e brigas que certamente ocorrem em um relacionamento, entre mortos e feridos, é de se esperar que a gota d'água deveria ter transbordado muito antes, não? Mas depois de 30 anos?! Aí eu penso "antes tarde do que nunca. Vão ser felizes agora". Só que não sei se é tão simples, ao menos para mim...
Quando terminei minha adolescência intocado por esse problema que afetava boa parte dos meus conhecidos e amigos, realmente achei que teria apenas uma casa para voltar nos domingos para comer macarronada. Tudo bem, como não experimentei isso antes, não posso dizer que meus sentimentos em relação a isso são muito diferentes dos de um adolescente ou uma criança. Por um lado, alguém mais novo pode ter muito mais problemas com uma separação. Mas por outro, exatamente porque eu achava que poderia lidar melhor com isso, acabei penando pra caramba.
Explico: Quando o negócio ficou realmente feio, tentei argumentar com ambos e intermediar as brigas, resolver tudo, ser o salvador. Grande equívoco. As coisas só pioraram. E no final, acabei nem sequer sabendo porque tudo aconteceu ou como começou. Tenho teorias. Que doem mais do que certezas.
Me estraçalhava o coração ver que depois de 3 décadas de trabalho duro, quando meus progenitores finalmente conseguiram construir a casa em que eles queriam envelhecer juntos e receber os netos, esta ficou vazia. Quer dizer, não vazia de gente, mas vazia do que poderia ter sido e quase foi. Arrisco dizer - talvez meio levado pelo envolvimento pessoal - do que deveria ter sido. Depois de décadas de construção, planos e sonhos de como seria a casa nova (desde que me lembro por gente isso era a meta principal da família. Meio como o anseio pelo incondicionado de Kant) acho que moramos todos juntos apenas 1 ano lá.
Hoje já não sofro tanto com isso, ainda que não possa dizer que seja algo totalmente resolvido. Se agora percebo que poderia ter me desgastado menos com o processo, na época me recusava a acreditar no que no fundo realmente deveria ter percebido e aceitado: "em briga de marido e mulher..." você sabe como é o ditado.
O mais trash veio justo quando me mudei (talvez um analista me dissesse que eu me sinto culpado de alguma maneira porque foi exatamente quando saí de casa que eles perceberam que poderiam se separar). Acho que mesmo se fosse muito jovem uma cena me marcaria (afinal, tenho nítidas lembranças de uma vez que meu pai ficou 1 semana fora de casa e minha avó veio pedir para minha mãe para aceitá-lo de volta. Meu irmão ainda era um bebê e eu fingia estar brincando num triciclo, quando na verdade ouvia tudo o que elas falavam): meu pai chorando ao se despedir de mim e do meu irmão, levando apenas o carro dele e uma muda de roupa.
Apenas para não deixar o post completamente down... Há um motivo porque seria melhor que isso tivesse acontecido quando fosse criança: teria ganho presentes em dobro.
quarta-feira, setembro 21, 2005
Poder da maioria
Estava hoje eu na cantina, numa daquelas gloriosas cadeiras de plástico vermelhas, lendo um texto do Lévi-Strauss sobre a vaca louca, quando passa um indivíduo correndo e gritando "porra, invadiram a assembléia! Porra!" Aí ele foi pro CA, gritou a mesma coisa lá. Foi pro pessoal que fica atrás do Nilsão e gritou também sua indignação. Passou correndo pela Priscila e voltou pra cantina. Não sei se ele queria angariar simpatizantes pra sair gritando. O fato é que foi tão estranho e súbito que todo mundo ficou olhando disfarçadamente com uma cara de quem pensa: "mais um pirado" (ou assim interpretei as coisas). Ou então as pessoas fingiram que não viram e ignoraram. Às vezes pode ser um raivoso, vai saber...
Lembrei na hora daquele programa da GNT, "Zoológico humano" (ou algo assim). Segundo o tal documentário, as pessoas são todas umas Marias-vai-com-as-outras. Todo mundo vai pela maioria: ignorar se todos ignoram. Se ninguém dá bola pro alarme de incêndio, quem é você pra querer se salvar? Mas eu fico pensando... será que é isso mesmo? Se for, o que explica todos ignorarem o coitado?
Bom, só um pouco depois que eu me liguei do que ele estava falando. Fiquei o dia todo no instituto e estava muito cansado. Demorou pra cair a ficha. É que hoje teve a renúncia do Mr. Magoo, que devia estar falando na tv naquela hora. Acho que ele (o exaltado) se referiu aos estudantes que foram retirados da Câmara pelos seguranças.
Mas o mais interessante é que, a despeito do surto que o rapaz teve, e a cena meio Monty Phytoniana que encenou, ele acabou doutrinado pela indiferença dos presentes. Ninguém gritou, ninguém se revoltou junto e ninguém propôs ir para Brasília numa horda destruidora e demolir tudo. Desapontado com o resultado ridículo e a apatia geral, ele voltou para o seu canto, já mais calmo e pediu um café.
Lembrei na hora daquele programa da GNT, "Zoológico humano" (ou algo assim). Segundo o tal documentário, as pessoas são todas umas Marias-vai-com-as-outras. Todo mundo vai pela maioria: ignorar se todos ignoram. Se ninguém dá bola pro alarme de incêndio, quem é você pra querer se salvar? Mas eu fico pensando... será que é isso mesmo? Se for, o que explica todos ignorarem o coitado?
Bom, só um pouco depois que eu me liguei do que ele estava falando. Fiquei o dia todo no instituto e estava muito cansado. Demorou pra cair a ficha. É que hoje teve a renúncia do Mr. Magoo, que devia estar falando na tv naquela hora. Acho que ele (o exaltado) se referiu aos estudantes que foram retirados da Câmara pelos seguranças.
Mas o mais interessante é que, a despeito do surto que o rapaz teve, e a cena meio Monty Phytoniana que encenou, ele acabou doutrinado pela indiferença dos presentes. Ninguém gritou, ninguém se revoltou junto e ninguém propôs ir para Brasília numa horda destruidora e demolir tudo. Desapontado com o resultado ridículo e a apatia geral, ele voltou para o seu canto, já mais calmo e pediu um café.
domingo, setembro 18, 2005
Um gato
Ele era quase todo branquinho. No meio daquele pêlo todo, apenas uma manchinha alaranjada no pescoço.
Andava pelas paragens próximas ao laguinho do lado da Unicamp. Tinha olhos verdes e corria mais rápido que a maioria dos seus colegas felinos. Não era muito de espreitar, estava sempre se mostrando. Só fugia se alguém chegava muito perto. E mesmo assim dava apenas alguns pulos de precaução. Mas não era de maneira alguma desafiador.
Seu nome: Feliciano.
Não tem vezes que você gostaria de conhecer melhor aquela pessoa? Sem motivo consciente? Pois é, resolvi escrever um post sobre esse gato bem simpático, que anda sumido. Ele é uma metonímia, uma metáfora para outras coisas ou apenas um bichinho bacana?
Ah, hoje assisti O feitiço de Áquila! Que filme maravilhoso...
Andava pelas paragens próximas ao laguinho do lado da Unicamp. Tinha olhos verdes e corria mais rápido que a maioria dos seus colegas felinos. Não era muito de espreitar, estava sempre se mostrando. Só fugia se alguém chegava muito perto. E mesmo assim dava apenas alguns pulos de precaução. Mas não era de maneira alguma desafiador.
Seu nome: Feliciano.
Não tem vezes que você gostaria de conhecer melhor aquela pessoa? Sem motivo consciente? Pois é, resolvi escrever um post sobre esse gato bem simpático, que anda sumido. Ele é uma metonímia, uma metáfora para outras coisas ou apenas um bichinho bacana?
Ah, hoje assisti O feitiço de Áquila! Que filme maravilhoso...
sábado, setembro 17, 2005
Falta de fósforo
Estava lendo o blog da Indigo, que conheci através da Cris, e fiquei pensando sobre essa coisa da memória... Por que a minha é tão ruim pra algumas coisas? Hoje mesmo 3 pessoas foram me cumprimentar. Duas eu lembrava da cara. Um não queria nem arriscar chamar pelo nome. O outro achei que se chamava Danilo (acho que ele tinha cara de Danilo). Ele: "Tudo bem Slash (a.k.a. Chris)?" "E aí... Danilo" (mas disse meio enrolado, meio pra dentro, pra se não for Danilo ele não ter certeza que eu disse o nome errado). Aí vi que ele me olhou com uma cara estranha e pensei "xi, não era isso". Depois decobri que era Alexandre. Tudo a ver.
O problema foi o terceiro. Não lembrava nem da cara. Fiquei pensando "será que ele tá curtindo com a minha cara ou será que estou tão esclerosado assim?"
O problema foi o terceiro. Não lembrava nem da cara. Fiquei pensando "será que ele tá curtindo com a minha cara ou será que estou tão esclerosado assim?"
quarta-feira, setembro 14, 2005
Hey Ho! Let's Go!
Um post apenas para comemorar um pequeno alento proporcionado hoje na nossa capital.
Já é alguma coisa. Falta cadeia. Agora, ainda receber aposentadoria depois disso... não dá! Bom, pelo menos algo de bom - finalmente!
Aliás, o dia hoje foi realmente muito legal! Comemos sushis deliciosos com a Nashi, Bertrand e Sofia no almoço. Depois achei duas preciosidades no Iluminações: 'Estrutura e função social na sociedade primitiva' e 'Um outro olhar', que é o livro com fotos e documentos da expedição do Lévi-Strauss com o Luiz de Castro Faria Brasil afora (adentro, sei lá). Lindíssimo!! Achei uma pechincha!
terça-feira, setembro 13, 2005
Miudezas
Hoje foi a apresentação do meu projeto. Acho que foi tudo bem! Até fiquei entusiasmado para continuar e trocar idéias com projetos afins (como o do André, Gustavo, Dani...)!! Ou seja, meu temor de que era melhor largar tudo e procurar outro tema não se confirmou (ou ir vender miçanga na praia)! Acho que as pessoas até que gostaram!
Estou tentando também (na verdade é mais a Dani) mudar a carinha do meu blog... mas tá difícil, o template novo tem problemas pessoais com os acentos. Vamos ver se fica legal, o novo fundo é bem bacana!
Ah, também dou o link pra um blog bem bacana! Não sei se é muito manjado, mas descobri esses dias. É do vizinho do Jefferson (o deputado)! Dê uma olhada... o cara deve ser meio neurótico... mas bem engraçado, como só uns neuróticos podem ser.
Estou tentando também (na verdade é mais a Dani) mudar a carinha do meu blog... mas tá difícil, o template novo tem problemas pessoais com os acentos. Vamos ver se fica legal, o novo fundo é bem bacana!
Ah, também dou o link pra um blog bem bacana! Não sei se é muito manjado, mas descobri esses dias. É do vizinho do Jefferson (o deputado)! Dê uma olhada... o cara deve ser meio neurótico... mas bem engraçado, como só uns neuróticos podem ser.
segunda-feira, setembro 12, 2005
Mea culpa
ou "celebridade" versus "não atrapalhe meu dia"
Eu vi o Manu Chao duas vezes. Uma delas foi num desses festivais de cigarro que teve uns anos atrás no Jockey Club. Free ou Carlton, não lembro mais. Acho que foi Free mesmo... O show foi demais, um dos melhores que eu assisti. Mas essa foi a segunda vez que o vi.
A primeira foi em Barcelona, e na hora eu não sabia que era ele. Só descobri depois, quando cheguei na casa da Paula e vi na TV que um protesto contra uma nova lei de restrição de imigração tinha causado certa confusão perto da praça Catalunha. Aí a reportagem focalizou num carinha magrinho, bem comum, parecia um desses caras que estão ficando mais velhos e ainda querem andar com os estudantes paneleiros (aliás, que aconteceu com a panelada do dia 7? Fiquei com a minha panela em mãos, mas não queria ser eu a começar a batucar sozinho...).
A voz da repórter dizia que era o Manu Chao. Eu tinha visto o carinha naquela manhã. Não porque ele chamasse atenção. Como eu disse, ele era bem comum. Era o casaco dele, meio laranja, que o destacava. E também por estar em cima de um latão, gritando algumas palavras de ordem, acho. Eu já gostava da música e achava que ele era um cara bacana, que fazia boas letras, com críticas venenosas aos governos conservadores, neo-liberais, xenófobos, etc. Mas nunca tinha visto a cara dele antes desse dia.
Legal, vc diria, não é? Só que na hora eu fiquei irritado com a tal passeata. Tive que desviar um tanto (algumas centenas de metros, se tanto) pra entrar no metrô. Se me perguntarem, digo que sou completamente simpático ao protesto e adoro o Manu Chao, mas na hora só pensei "malditos baderneiros" e apressei meu passo.
Eu vi o Manu Chao duas vezes. Uma delas foi num desses festivais de cigarro que teve uns anos atrás no Jockey Club. Free ou Carlton, não lembro mais. Acho que foi Free mesmo... O show foi demais, um dos melhores que eu assisti. Mas essa foi a segunda vez que o vi.
A primeira foi em Barcelona, e na hora eu não sabia que era ele. Só descobri depois, quando cheguei na casa da Paula e vi na TV que um protesto contra uma nova lei de restrição de imigração tinha causado certa confusão perto da praça Catalunha. Aí a reportagem focalizou num carinha magrinho, bem comum, parecia um desses caras que estão ficando mais velhos e ainda querem andar com os estudantes paneleiros (aliás, que aconteceu com a panelada do dia 7? Fiquei com a minha panela em mãos, mas não queria ser eu a começar a batucar sozinho...).
A voz da repórter dizia que era o Manu Chao. Eu tinha visto o carinha naquela manhã. Não porque ele chamasse atenção. Como eu disse, ele era bem comum. Era o casaco dele, meio laranja, que o destacava. E também por estar em cima de um latão, gritando algumas palavras de ordem, acho. Eu já gostava da música e achava que ele era um cara bacana, que fazia boas letras, com críticas venenosas aos governos conservadores, neo-liberais, xenófobos, etc. Mas nunca tinha visto a cara dele antes desse dia.
Legal, vc diria, não é? Só que na hora eu fiquei irritado com a tal passeata. Tive que desviar um tanto (algumas centenas de metros, se tanto) pra entrar no metrô. Se me perguntarem, digo que sou completamente simpático ao protesto e adoro o Manu Chao, mas na hora só pensei "malditos baderneiros" e apressei meu passo.
sábado, setembro 10, 2005
Momento vanglória
Hoje assisti uma defesa muito legal (pena que tinha mais gente na banca que assistindo). Também troquei figurinhas com o João Pacheco e o Antônio Carlos de Souza Lima sobre indigenismo e depois fomos tomar chopp com pastel!! Acho isso que só perde pra tomar café na cantina com a Mary Louise Pratt, conversando sobre Stanley!!!
Tietagens...
Tietagens...
quarta-feira, setembro 07, 2005
Sobre algumas coisas que vi na tv
Agora há noite, babando maionese e catchup na camiseta do pijama (que não tirei o dia todo), estava assistindo um pouco de tv e vi algumas coisas interessantes. Primeiro o tal do Fat Actress. Que coisa é esse programa! Ainda não sei ao certo se gostei ou não... mas tem umas situações muito engraçadas! Isso de fazerem seriados mais malvados é legal, mas também dá uma certa aflição ao assistir: Nip Tuck, Desperate Housewives... e a forma meio sem noção de tirar sarro de si mesmo é uma das coisas que eu mais gosto nos americanos.
A outra coisa interessante que eu vi na tv foi um comercial. Da Volkswagen. Um que eles fazem o gol que o Pelé não fez... aquele da copa de 70, que ele dribla o goleiro do Uruguai, que fica parado que nem besta, com a bola passando por um lado e o Pelé pelo outro. Isso sem nem encostar na bola. Na vida real o Pelé chuta a bola para fora. Mas fizeram uns efeitos mágicos lá e no comercial a bola bateu na trave e entrou! Bom, você vai me dizer que esse efeito especial é até chinfrim comparado com o que tem no Senhor dos Anéis, no Star Wars e tal. Mas o lance é que eles tão mexendo agora com a memória da nossa "realidade"!! Do que considerávamos pronto e acabado! "Aquilo foi daquele jeito"! Que mais eles podem mudar? Como saber o que aconteceu, ou ter certeza mais de algo? Isso para alguém mais neurótico e inseguro, ou que acredita em teorias da conspiração (eu, eu e eu!), pode ter efeitos psicológicos devastadores!! Agora levo mais a sério quem não acredita que o homem pisou na lua e diz que foi tudo armação...
A outra coisa interessante que eu vi na tv foi um comercial. Da Volkswagen. Um que eles fazem o gol que o Pelé não fez... aquele da copa de 70, que ele dribla o goleiro do Uruguai, que fica parado que nem besta, com a bola passando por um lado e o Pelé pelo outro. Isso sem nem encostar na bola. Na vida real o Pelé chuta a bola para fora. Mas fizeram uns efeitos mágicos lá e no comercial a bola bateu na trave e entrou! Bom, você vai me dizer que esse efeito especial é até chinfrim comparado com o que tem no Senhor dos Anéis, no Star Wars e tal. Mas o lance é que eles tão mexendo agora com a memória da nossa "realidade"!! Do que considerávamos pronto e acabado! "Aquilo foi daquele jeito"! Que mais eles podem mudar? Como saber o que aconteceu, ou ter certeza mais de algo? Isso para alguém mais neurótico e inseguro, ou que acredita em teorias da conspiração (eu, eu e eu!), pode ter efeitos psicológicos devastadores!! Agora levo mais a sério quem não acredita que o homem pisou na lua e diz que foi tudo armação...
Um certo alívio
Hoje terminei meu projeto! Já mandei pra todo mundo que tinha que mandar. A sensação é tão boa...
Terça-feira, quando irei apresentá-lo, provavelmente vou ver o quanto ainda tem pra fazer e mudar. Mas por enquanto fico feliz em poder guardar a tonelada de livros, textos e anotações que estavam se amontoando e se transformando em uma espécie de monstro bibliofráfico aqui na frente do computador! Agora estou esperando um lanche do Gordão e posso assistir Warner e Sony de novo!
Terça-feira, quando irei apresentá-lo, provavelmente vou ver o quanto ainda tem pra fazer e mudar. Mas por enquanto fico feliz em poder guardar a tonelada de livros, textos e anotações que estavam se amontoando e se transformando em uma espécie de monstro bibliofráfico aqui na frente do computador! Agora estou esperando um lanche do Gordão e posso assistir Warner e Sony de novo!
sábado, setembro 03, 2005
Tot la intuició amb una mica de passió
Jo intentaré escriure en català.
Una mezcla de posibilitats,
per entrenar somniar.
Dolç i fantàstic Barça,
el jo de anys passats
li agradaria ser recordat,
anar i reveure
mis amores ibèrics.
Una mezcla de posibilitats,
per entrenar somniar.
Dolç i fantàstic Barça,
el jo de anys passats
li agradaria ser recordat,
anar i reveure
mis amores ibèrics.
sexta-feira, setembro 02, 2005
Sono guasto o estoy hecho polvo...
Dagadã...
Tilt completo depois de um dia de discussão sobre culturas (plurais, ambíguas, imbricadas, correlacionadas, transversas, de c minúsculo...)! Identidade, linguagens, línguas, sinais diacríticos x disputas, relações, multilocalidades.
Primeiro pra chegar na Unicamp... completamente tomada por hordas de adolescentes espaçosos que não saem do meio da rua a menos que vc ameace passar por cima! E aí olham feio. Era universidade aberta...
Depois teve maratona! Das nove e meia até 1 da tarde, pausa pra almoço (na sala) e depois aula até as 5!! Pra discutir e apresentar 5 (cinco, five, cinq, fünf, cinque!!) livros!! Kuper mete pau em Sahlins, Sahlins mete pau nos histéricos pós-modernos, e os Ilongot cortam cabeças! Igual a cigarro: foi ótimo, mas também prejudicial à saúde! Já no final não entendia mais nada. O último era pra discutir a Eunice: cultura, hemegonia, ideologia, resistência, conformismo, Gramsci, Althusser! Quê? Como? Onde? Eu quero mais daquele salgadinho gostoso de pimenta, como esses adolescentes fazem barulho, um, preciso pagar a conta de luz, uma cerveja ia bem agora, que engraçado o cabelo dela, qual era a pior bruxa, a do leste ou do oeste?
Tilt completo depois de um dia de discussão sobre culturas (plurais, ambíguas, imbricadas, correlacionadas, transversas, de c minúsculo...)! Identidade, linguagens, línguas, sinais diacríticos x disputas, relações, multilocalidades.
Primeiro pra chegar na Unicamp... completamente tomada por hordas de adolescentes espaçosos que não saem do meio da rua a menos que vc ameace passar por cima! E aí olham feio. Era universidade aberta...
Depois teve maratona! Das nove e meia até 1 da tarde, pausa pra almoço (na sala) e depois aula até as 5!! Pra discutir e apresentar 5 (cinco, five, cinq, fünf, cinque!!) livros!! Kuper mete pau em Sahlins, Sahlins mete pau nos histéricos pós-modernos, e os Ilongot cortam cabeças! Igual a cigarro: foi ótimo, mas também prejudicial à saúde! Já no final não entendia mais nada. O último era pra discutir a Eunice: cultura, hemegonia, ideologia, resistência, conformismo, Gramsci, Althusser! Quê? Como? Onde? Eu quero mais daquele salgadinho gostoso de pimenta, como esses adolescentes fazem barulho, um, preciso pagar a conta de luz, uma cerveja ia bem agora, que engraçado o cabelo dela, qual era a pior bruxa, a do leste ou do oeste?
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