quinta-feira, maio 01, 2008

Primeiro de maio

Fazia muito tempo que as coisas não ficavam tão corridas.
Neste mês longe daqui muita coisa aconteceu - menininhas fofas nasceram, padres levantaram vôo, sublevou-se o país em hordas justiceiras e explicadoras, a Áustria assusta profundamente, surgiram (e desaparecerão) mulheres frutas (melâncias ou não). Realmente não foi por falta de novidades que deixei de dar uma atualizadinha no blog...
Ando às voltas com vários afazeres, um dos quais não muito prazeiroso, e que está restringindo meu sono em algumas horas diárias, ultimamente. Fazem a tal da reforma, finalmente. Atrasada em alguns anos, atrasada mesmo agora em sua execução. O que era para já ter terminado, se arrasta, me deixando louco e ainda mais surdo do que já sou.
Mas aconteceu uma coisa interessante por conta disso, que colocou em perspectiva minhas lamúrias laborais.
Claro que esse mito dos avanços trabalhistas pós revolução industrial é uma balela e não cola há tempos, mas quando me pego frente a frente com um caso concreto, ainda fico chocado.
O rapaz que vem quebrar pedra trabalha praticamente 20 horas por dia! Veio sem máscara, sem luvas, sem óculos... sem dormir. Sai daqui e vai para outro trabalho braçal, até de manhã, quando volta pra cá.
Ele tem o discurso empolgado de que pelo menos tem saúde pra continuar a trabalhar, então não tem do que reclamar. Mas se continuar assim, até quando?

Um comentário:

meme disse...

...e assim viva o dia do trabalho! - cada um com a sua insalubridade!
Bjs
M