Essa viagem pra São Carlos foi tudo de bom! E muito mais rápida do que eu achei que seria! Peguei a estrada no meio da tarde, coloquei meu Best of the Beast no máximo e saí cantando feito um maluco pela Washington Luiz. Calor, muito sol, torrei meu braço esquerdo! Maravilha! Eu só imagino como deva ser fazer uma viagem pela 66... um amigo me contou que uma vez saiu de NY e foi até a California, e depois pro México, de carro! Me disse que foi uma das melhores coisas que já fez...
Enfim, adoro viajar assim. Aquela coisa super brega mesmo. Se eu tivesse um Ray Ban de lentes verdes e aro dourado, usava! O único problema são os pedágios. P Q o P! Existem milhares! Fiquei pobre e cheio de moedas de troco!
E em São Carlos também foi divertido. Comi horrores por muito pouco, ganhei dinheiro jogando sinuca, fiquei ensopado com uma tempestade que se abateu sobre a cidade, e fiz minha provinha direitinho!
Voltei a pegar a estrada, o mesmo solzão de meio de tarde, mas dessa vez cantando Queen e Ramones...
Cheguei e fui direto pro aniversário da linda Sofia, comer bolinho e tomar refrigerante! E de lá direto balançar o esqueleto (ou essa era a intenção) com a Cris, Dani e Luiz. Depois desmontei na cama!
Foi um final de semana quase perfeito! Sim, eu disse "quase"... hoje é domingo...
domingo, outubro 29, 2006
sexta-feira, outubro 27, 2006
"Com o coração cansado de amar..."
Dica: 588 rue paradis
A leveza e o perfume dos sonhos e a tentativa de remediar o peso da vida e do arrependimento. Com o sempre excelente Omar Sharif e com uma irreconhecível Claudia Cardinale. Sempre ligados pela lágrima de quem vê.
"Avec le coeur fatigué de l'aimer..."
A leveza e o perfume dos sonhos e a tentativa de remediar o peso da vida e do arrependimento. Com o sempre excelente Omar Sharif e com uma irreconhecível Claudia Cardinale. Sempre ligados pela lágrima de quem vê.
"Avec le coeur fatigué de l'aimer..."
quarta-feira, outubro 25, 2006
Duas
Depois de querer cometer um secretariocídio, pentelhar muito o consulado britânico, vasculhar outros lugares onde pudesse fazer minha provinha, consegui finalmente uma vaga em São Carlos e fiz inscrição na última hora! Agora tenho que decidir se vou um dia antes ou se acordo muito cedo e faço uma pequena viagem... o grande problema é que no dia anterior tem os shows dos Oportunistas e dos Muzzas... falei que iria assistir o próximo show das duas. Seria perfeito, mataria dois coelhos com uma caixa d'água só, mas, enfim, não rolará.
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E essa gripe importada está resistente! Mais de uma semana já!
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E essa gripe importada está resistente! Mais de uma semana já!
quinta-feira, outubro 19, 2006
"Arbeit macht frei"
Bom, o que não faltou na viagem foi museu. Para todo tipo de gosto. De esculturas, de arte conceitual esquisita, renascentista, impressionista, expressionista, contemporânea, surrealista, cubista... Para você ter uma idéia de quantos museus e galerias existem em Berlin: havia uma promoção - por 15 euros você ganhava um passaporte para visitar mais de 50 museus em 3 dias! É, isso sim é que é prova de endurance!
Como disse, deixei várias coisas de lado, obviamente aliás. Uma das que mais me arrependo é o Gemäldegalerie, que tinha muita coisa maravilhosa, do século XIII ao XVIII. Outro é o Neue Nationalgalerie, do Mies van der Rohe e especializado em arte da segunda metade do século. Outro é o arquivo Gropius, com várias coisas da Bauhaus. E vários muitos outros também.
Mas tudo bem, vi coisas muito legais também. Um dos mais impressionantes foi o Jüdisches museum. Com muita coisa da antiquíssima história judaica, lindíssima por sinal. Claro que a parte mais concorrida se referia à história do Holocausto - que sempre me interessou muito. Fotos, pertences, histórias, relatos... muita coisa sobre o que 12 anos de nazismo fizeram na Europa. A única outra vez que me senti com tanto mal-estar foi ao visitar a casa da Anne Frank em Amsterdã. Meu pai me disse que o mais impressionante mesmo é o museu do Holocausto em Israel, mas tenho até medo de ver esse. Nós pretendíamos ir para Auschwitz também (vários dos médicos foram visitar vários campos), mas acabou não dando tempo.
Enfim, no museu de Berlin eles têm vários documentos sobre os judeus deportados. Há alguns livrões com os nomes de milhões de judeus assassinados com algumas informações sobre eles (ah, a "eficiência" germânica... em Ruanda não há como saber quem foi morto, como e onde).
Meu pai procurou e achou o nome da mãe de um colega polônes, nascido em Auschwitz, tornado órfão e depois migrado ao Brasil, onde virou médico junto com meu pai. E não é que descobri que tenho um parente assassinado?! Os Hass, até onde eu sabia não eram judeus, por isso me espantei ao saber que havia uma tal Hedwig, que foi deportada para Theresienstadt. Mas, olhando melhor, vi que o sobrenome de solteira era judaico, e era a única Hass ali. Ela deve ter casado com um parente gentio. Foi deportada para Theresienstadt em 1941 e morta em Treblinka em 1943.
Como disse, deixei várias coisas de lado, obviamente aliás. Uma das que mais me arrependo é o Gemäldegalerie, que tinha muita coisa maravilhosa, do século XIII ao XVIII. Outro é o Neue Nationalgalerie, do Mies van der Rohe e especializado em arte da segunda metade do século. Outro é o arquivo Gropius, com várias coisas da Bauhaus. E vários muitos outros também.
Mas tudo bem, vi coisas muito legais também. Um dos mais impressionantes foi o Jüdisches museum. Com muita coisa da antiquíssima história judaica, lindíssima por sinal. Claro que a parte mais concorrida se referia à história do Holocausto - que sempre me interessou muito. Fotos, pertences, histórias, relatos... muita coisa sobre o que 12 anos de nazismo fizeram na Europa. A única outra vez que me senti com tanto mal-estar foi ao visitar a casa da Anne Frank em Amsterdã. Meu pai me disse que o mais impressionante mesmo é o museu do Holocausto em Israel, mas tenho até medo de ver esse. Nós pretendíamos ir para Auschwitz também (vários dos médicos foram visitar vários campos), mas acabou não dando tempo.
Enfim, no museu de Berlin eles têm vários documentos sobre os judeus deportados. Há alguns livrões com os nomes de milhões de judeus assassinados com algumas informações sobre eles (ah, a "eficiência" germânica... em Ruanda não há como saber quem foi morto, como e onde).
Meu pai procurou e achou o nome da mãe de um colega polônes, nascido em Auschwitz, tornado órfão e depois migrado ao Brasil, onde virou médico junto com meu pai. E não é que descobri que tenho um parente assassinado?! Os Hass, até onde eu sabia não eram judeus, por isso me espantei ao saber que havia uma tal Hedwig, que foi deportada para Theresienstadt. Mas, olhando melhor, vi que o sobrenome de solteira era judaico, e era a única Hass ali. Ela deve ter casado com um parente gentio. Foi deportada para Theresienstadt em 1941 e morta em Treblinka em 1943.
terça-feira, outubro 17, 2006
Von Berlin nach Köln
Vou soltando aos poucos...
Na sexta (sim, a 13), depois de uma noite sem dormir, levantei, tomei um lauto café da manhã e fui bater perna. Era, afinal, meu último dia em Berlin - troquei minha passagem para Köln para o dia seguinte.
Lá fui eu primeiro no Pergamon, já que era um dos dois museus que eu queria porque queria ver (o outro eu não vi, desgraçadamente). Sinto informar que tive que fazer o fast tour (que demorou, mesmo assim, umas 4 horas), já que queria ver o Sony Center, o monumento do holocausto, a filarmônica e outras cositas más. Mas eu estava com pressa mesmo pra comprar meu ingresso do Bloc Party (o Coffin Daggers já havia desistido, ia ficar muito em cima).
Lá fui eu então, bem pro meio de uma ilha no Spree, no coração de Berlin Oriental. Muitas fábricas, terrenos baldis e prédios com aquecimento a carvão caindo aos pedaços. Onde ninguém fala inglês.
Bem, até que encontrei o lugar. Mas como estava sem o endereço comigo, não tive certeza, já que não havia sinal nenhum que haveria algo ali. Saí perguntando, no meu deutsche macarrônico, se alguém sabia de algo. Pro guardinha, pra padeira, pro carinha da farmácia, pros punks... nada. Desisti. Fui procurar internet e descobri que ia ser no dia seguinte. Merda.
Bom, fui então no Guggenhein, do lado do hotel. Uma bosta. Sem o acervo, que está viajando, tinha apenas uns lances conceituais que, apesar de interessantes, eram vistos em 5 minutos.
Também fiz bolhas no pé. Aí resolvi comer 1 kebap e passar o resto do dia no hotel.
Fui pra parte do entretenimento. Me emprestaram um calção curtinho, rosa com florzinhas estampadas e lá fui eu para a piscina.
E fiquei da piscina para a hidro, para a sauna, de volta para a piscina, depois hidro, sauna e continua o ciclo. Além de mim, chegou uma hora um casal alemão, que se juntou a mim em um momento em que estava na hidro. Aí fica aquela coisa meio constrangida de pessoas em pouco número que se juntam em uma pequena parte de um lugar muito maior. É como se houvessem várias mesas vazias numa praça de alimentação e alguém fosse sentar justamente na sua. É público, não é proibido, mas é estranho.
Mas beleza, lá estou eu, tentando esquecer os krauts e relaxar, quando uma mão pega na minha coxa. Olho, tento falar alguma coisa em alemão, em inglês, em português, não sai nada. Ménage à troi? Eu sei que tem muito pervertido naquele país, então tasco a ir para a piscina. Sou seguido. Aí resolvo fugir novamente, até desistirem.
Terminado o assédio, me arrumo para ir no jantar - pago - pelo patrocinador da viagem e do hotel.
Depois do final da copa, reparei que os alemães estão buscando saber como usar as várias coisas que inundaram o país como preparativos e como estrutura para o evento. E lá fomos nós, médicos, filhos de médicos e financiadora, para um restaurante, na margem do Spree (na verdade ela queria nos levar para um restaurante que parece que é super famoso, em que todos os garçons são cegos e tudo dentro é um completo breu! Acho que a idéia é você atiçar os sentidos gustativos ao máximo. Mas esse estava fechado) no ônibus que havia transportado a seleção de Trinidad e Tobago! Sabe aqueles, com bandeirinha do país e uma frase de efeito? Então, fui no dos guerreiros soca. Empataram com a Suécia, não foi? Que mais fizeram que não lembro?
Bom, chegamos ao restaurante. Tudo pago? Então é orgia mesmo! No final da noite, podrão (mas muito bem alimentado), olho pra mesa e conto mais de 20 garrafas de vinho (em 10 pessoas)!
E não é que estou ficando velho? Conheci um filho de um dos médicos, aspirante a residente agora, que me convidou para ir numa balada em Potsdam. Não obrigado, quero apenas uma cama (e acordar cedo para ir ao aeroporto)... Isso porque ele havia, antes da orgia romana, passado o dia todo andando também, depois de chegar de manhãzinha, de uma balada em Leipzig. É, pessoas, essas coisas são possíveis por lá. Você só precisa ter - muita - disposição.
Resumo da ópera? Dia seguinte, quase sem dormir, fui para Köln, passeei bastante com a Pati (os romanos são batutas, não fofs?!), fui na fábrica de chocolate da lindt e passei mal, finalmente, ao comer um pedaço de pizza hut! Terminamos a noite vendo um filme mesmo, e eu só na cerveja, porque esse negócio de vinho... bom, vou dar um tempo.
Na sexta (sim, a 13), depois de uma noite sem dormir, levantei, tomei um lauto café da manhã e fui bater perna. Era, afinal, meu último dia em Berlin - troquei minha passagem para Köln para o dia seguinte.
Lá fui eu primeiro no Pergamon, já que era um dos dois museus que eu queria porque queria ver (o outro eu não vi, desgraçadamente). Sinto informar que tive que fazer o fast tour (que demorou, mesmo assim, umas 4 horas), já que queria ver o Sony Center, o monumento do holocausto, a filarmônica e outras cositas más. Mas eu estava com pressa mesmo pra comprar meu ingresso do Bloc Party (o Coffin Daggers já havia desistido, ia ficar muito em cima).
Lá fui eu então, bem pro meio de uma ilha no Spree, no coração de Berlin Oriental. Muitas fábricas, terrenos baldis e prédios com aquecimento a carvão caindo aos pedaços. Onde ninguém fala inglês.
Bem, até que encontrei o lugar. Mas como estava sem o endereço comigo, não tive certeza, já que não havia sinal nenhum que haveria algo ali. Saí perguntando, no meu deutsche macarrônico, se alguém sabia de algo. Pro guardinha, pra padeira, pro carinha da farmácia, pros punks... nada. Desisti. Fui procurar internet e descobri que ia ser no dia seguinte. Merda.
Bom, fui então no Guggenhein, do lado do hotel. Uma bosta. Sem o acervo, que está viajando, tinha apenas uns lances conceituais que, apesar de interessantes, eram vistos em 5 minutos.
Também fiz bolhas no pé. Aí resolvi comer 1 kebap e passar o resto do dia no hotel.
Fui pra parte do entretenimento. Me emprestaram um calção curtinho, rosa com florzinhas estampadas e lá fui eu para a piscina.
E fiquei da piscina para a hidro, para a sauna, de volta para a piscina, depois hidro, sauna e continua o ciclo. Além de mim, chegou uma hora um casal alemão, que se juntou a mim em um momento em que estava na hidro. Aí fica aquela coisa meio constrangida de pessoas em pouco número que se juntam em uma pequena parte de um lugar muito maior. É como se houvessem várias mesas vazias numa praça de alimentação e alguém fosse sentar justamente na sua. É público, não é proibido, mas é estranho.
Mas beleza, lá estou eu, tentando esquecer os krauts e relaxar, quando uma mão pega na minha coxa. Olho, tento falar alguma coisa em alemão, em inglês, em português, não sai nada. Ménage à troi? Eu sei que tem muito pervertido naquele país, então tasco a ir para a piscina. Sou seguido. Aí resolvo fugir novamente, até desistirem.
Terminado o assédio, me arrumo para ir no jantar - pago - pelo patrocinador da viagem e do hotel.
Depois do final da copa, reparei que os alemães estão buscando saber como usar as várias coisas que inundaram o país como preparativos e como estrutura para o evento. E lá fomos nós, médicos, filhos de médicos e financiadora, para um restaurante, na margem do Spree (na verdade ela queria nos levar para um restaurante que parece que é super famoso, em que todos os garçons são cegos e tudo dentro é um completo breu! Acho que a idéia é você atiçar os sentidos gustativos ao máximo. Mas esse estava fechado) no ônibus que havia transportado a seleção de Trinidad e Tobago! Sabe aqueles, com bandeirinha do país e uma frase de efeito? Então, fui no dos guerreiros soca. Empataram com a Suécia, não foi? Que mais fizeram que não lembro?
Bom, chegamos ao restaurante. Tudo pago? Então é orgia mesmo! No final da noite, podrão (mas muito bem alimentado), olho pra mesa e conto mais de 20 garrafas de vinho (em 10 pessoas)!
E não é que estou ficando velho? Conheci um filho de um dos médicos, aspirante a residente agora, que me convidou para ir numa balada em Potsdam. Não obrigado, quero apenas uma cama (e acordar cedo para ir ao aeroporto)... Isso porque ele havia, antes da orgia romana, passado o dia todo andando também, depois de chegar de manhãzinha, de uma balada em Leipzig. É, pessoas, essas coisas são possíveis por lá. Você só precisa ter - muita - disposição.
Resumo da ópera? Dia seguinte, quase sem dormir, fui para Köln, passeei bastante com a Pati (os romanos são batutas, não fofs?!), fui na fábrica de chocolate da lindt e passei mal, finalmente, ao comer um pedaço de pizza hut! Terminamos a noite vendo um filme mesmo, e eu só na cerveja, porque esse negócio de vinho... bom, vou dar um tempo.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Salsichas e kebaps
De volta da terra do wurst! Tem muita coisa boa pra contar. Mas ressalto apenas os highlights: o pergamonmuseum é realmente impressionante! Tanto pela beleza de tudo (não sei se pago mais pau para os pergamenhos ou para os babilônicos...) como pela comprovação do imperialismo cultural (no caso, bem material mesmo). Berlin oriental é muito interessante! Não consegui encontrar uma amiga, mas em compensação vi mein kleine schwester linda maravilhosa e experimentei muita cerveja boa!! Fica, aliás, o convite para uma cerveja! Aí conto minhas aventuras na terra saxã (será?) para quem quiser saber mais!
Tschüess!
Tschüess!
terça-feira, outubro 10, 2006
Berlin über alles
Amigos artistas, amigos arquitetos, amigos músicos, amigos estudantes de arte, amigos baladeiros, amigos historiadores, amigos livrólogos, acadêmicos... vocês nao têm nocao do que é isso aqui...
quarta-feira, outubro 04, 2006
Fiat Lux
Às vezes aparecem umas notícias que me dão impressão de que alguém quer me enganar, ou então alguém é muito preguiçoso para explicar direito, ou então tudo é tão complicado que realmente não dá para explicar num simples artigo de jornal e a saída é dar uma de malandro.
*******
Deu outro dia que dois cientistas americanos ganharam o Nobel de física por uma pesquisa que ajuda a corroborar a teoria do big bang, o enigmático início do universo (surgiu de onde; expande de onde, para onde, em quê, afinal de contas?).
Eles usaram um satélite para avaliar a "radiação cósmica de fundo", que entendi ser o rastro ou o eco da grande explosão primordial, de maneira a confirmar a teoria da radiação de corpo escuro (?!), de forma a analisar a temperatura da fonte. No início tudo era muito quente; com o universo se expandindo, as temperaturas foram baixando. No fundo é simples.
O trabalho dos americanos, além de fornecer elementos que fortalecem tal teoria - já antiga - também mostraram que esta temperatura varia. Bônus para o páreo na eleição do prêmio.
Faz sentido? Claro, tirando alguns conceitos quase esotéricos, faz muito sentido. Incompreensível, mas plausível. Verossímil, digamos assim.
Só que mesmo uma matéria que tente explicar a pesquisa, nada mais pode ser do que um resumo muito tosco, um malabarismo semântico para fazer o leitor dizer "hum, claro, muito espertos esses físicos". Pronto, eles ganham 1 milhão de euros, vão conhecer a Escandinávia e terão prestígio garantido pro resto da vida.
Claro, deve haver uma comissão-Nobel que avalie de maneira muito mais eficiente o mérito da pesquisa. Não é qualquer um que ganha um Nobel (menos o da paz; esse sim já foi pra muita gente suspeita). Mas se é necessário alguma legitimação para a massa (que no fundo tem um interesse muito superficial pelas glórias da elite científica mundial), um argumento que diz que vai explicar-mas-não-explica, é o suficiente. É o que Kant fez no prefácio da Crítica da Razão Pura: uma maracutaia para dizer ao leitor qual sua tese, que no fundo só é provada ao longo da obra - se bem me lembro de algo que o Nobre disse. X é assim porque assim é X.
O que falar da manchete que me chamou atenção ao fato, ao informar que dois americanos ganharam o prêmio Nobel por ajudar a comprovar a teoria do big bang? "Muito bem, mas como?", se pergunta automaticamente a pessoa que vê a chamada da notícia. Medindo a temperatura do cosmos. Claro... simples...
Tudo me parece muito parecido com os mecanismos de funcionamento de qualquer cosmologia, do tipo "no princípio criou Deus o céu e a terra" e outras mais.
*******
Deu outro dia que dois cientistas americanos ganharam o Nobel de física por uma pesquisa que ajuda a corroborar a teoria do big bang, o enigmático início do universo (surgiu de onde; expande de onde, para onde, em quê, afinal de contas?).
Eles usaram um satélite para avaliar a "radiação cósmica de fundo", que entendi ser o rastro ou o eco da grande explosão primordial, de maneira a confirmar a teoria da radiação de corpo escuro (?!), de forma a analisar a temperatura da fonte. No início tudo era muito quente; com o universo se expandindo, as temperaturas foram baixando. No fundo é simples.
O trabalho dos americanos, além de fornecer elementos que fortalecem tal teoria - já antiga - também mostraram que esta temperatura varia. Bônus para o páreo na eleição do prêmio.
Faz sentido? Claro, tirando alguns conceitos quase esotéricos, faz muito sentido. Incompreensível, mas plausível. Verossímil, digamos assim.
Só que mesmo uma matéria que tente explicar a pesquisa, nada mais pode ser do que um resumo muito tosco, um malabarismo semântico para fazer o leitor dizer "hum, claro, muito espertos esses físicos". Pronto, eles ganham 1 milhão de euros, vão conhecer a Escandinávia e terão prestígio garantido pro resto da vida.
Claro, deve haver uma comissão-Nobel que avalie de maneira muito mais eficiente o mérito da pesquisa. Não é qualquer um que ganha um Nobel (menos o da paz; esse sim já foi pra muita gente suspeita). Mas se é necessário alguma legitimação para a massa (que no fundo tem um interesse muito superficial pelas glórias da elite científica mundial), um argumento que diz que vai explicar-mas-não-explica, é o suficiente. É o que Kant fez no prefácio da Crítica da Razão Pura: uma maracutaia para dizer ao leitor qual sua tese, que no fundo só é provada ao longo da obra - se bem me lembro de algo que o Nobre disse. X é assim porque assim é X.
O que falar da manchete que me chamou atenção ao fato, ao informar que dois americanos ganharam o prêmio Nobel por ajudar a comprovar a teoria do big bang? "Muito bem, mas como?", se pergunta automaticamente a pessoa que vê a chamada da notícia. Medindo a temperatura do cosmos. Claro... simples...
Tudo me parece muito parecido com os mecanismos de funcionamento de qualquer cosmologia, do tipo "no princípio criou Deus o céu e a terra" e outras mais.
terça-feira, outubro 03, 2006
Diversas
Terminado o primeiro turno, algumas boas surpresas. Muita gente ruim não conseguiu a reeleição.
Mas também muita decepção, claro. Muita gente ruim, que foi denunciada só há um tempinho atrás, voltou das profundezas. Alguns candidatos from hell de um tempão atrás, também.
Se por um lado me parece que houve alguma melhora em alguns setores, o resultado geral ainda me faz ter irritação profunda com a política.
Alguns em especial me parecem piada de mal gosto. Não que eu não soubesse que competência e honestidade são moeda rara e quase nunca são parâmetros de eleição de fulano ou beltrano. Não é que eu fiquei exatamente surpreso. Mas fiquei com um gosto de arremedo de cidadania.
Três em especial, das inúmeras decepções: o "que rouba (muito), mas faz", o "que tem aquilo roxo" e o da língua presa do interior. Não dá.
*******
Bom, como nem tudo são espinhos... Final de semana vou para a capital saxã, e já tenho alguns planos na agenda. Primeiro ver Bloc Party e Coffin Daggers! Tudo de bom!! A primeira realmente pode ser algo de verdadeiramente novo no país da rainha. Já os zumbis do Coffin Daggers são uma das bandas mais divertidas que ouvi ultimamente! Nem imagino como deva ser o show deles... uma mistura de Man or Astroman? com Misfits.
Agora, sobre a parte cultural-artística não vou nem elencar...
E também vou encontrar duas grandes amigas!
*******
Finalmente assisti 24 hrs party people!! Muuuuito bom!!
*******
O show do Del-O-Max foi demais! Muito empolgado! Foi perfeito como tira-gosto (literalmente) para depois aguentar ir cumprir o dever civil de domingo. Agora falta ver os Oportunistas...
*******
Este é o duocentésimo post!! Claps!
Mas também muita decepção, claro. Muita gente ruim, que foi denunciada só há um tempinho atrás, voltou das profundezas. Alguns candidatos from hell de um tempão atrás, também.
Se por um lado me parece que houve alguma melhora em alguns setores, o resultado geral ainda me faz ter irritação profunda com a política.
Alguns em especial me parecem piada de mal gosto. Não que eu não soubesse que competência e honestidade são moeda rara e quase nunca são parâmetros de eleição de fulano ou beltrano. Não é que eu fiquei exatamente surpreso. Mas fiquei com um gosto de arremedo de cidadania.
Três em especial, das inúmeras decepções: o "que rouba (muito), mas faz", o "que tem aquilo roxo" e o da língua presa do interior. Não dá.
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Bom, como nem tudo são espinhos... Final de semana vou para a capital saxã, e já tenho alguns planos na agenda. Primeiro ver Bloc Party e Coffin Daggers! Tudo de bom!! A primeira realmente pode ser algo de verdadeiramente novo no país da rainha. Já os zumbis do Coffin Daggers são uma das bandas mais divertidas que ouvi ultimamente! Nem imagino como deva ser o show deles... uma mistura de Man or Astroman? com Misfits.
Agora, sobre a parte cultural-artística não vou nem elencar...
E também vou encontrar duas grandes amigas!
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Finalmente assisti 24 hrs party people!! Muuuuito bom!!
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O show do Del-O-Max foi demais! Muito empolgado! Foi perfeito como tira-gosto (literalmente) para depois aguentar ir cumprir o dever civil de domingo. Agora falta ver os Oportunistas...
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Este é o duocentésimo post!! Claps!
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