domingo, setembro 24, 2006

For a fistful of dollars

É, ser mainstream não é para qualquer um. É quando as pessoas começam a fazer sucesso que vemos do que realmente são feitas. São fagocitadas pela lama sem rosto da mesmice feita por todos (hahahaha), ou continuam falando algo de interessante. Ou talvez as pessoas simplesmente cansam. Ou melhor, me canso das pessoas. Sei lá.
Ou melhor, não. Acho que não é isso, não posso me permitir achar isso. Ainda acredito que eu me ligo com as pessoas que são interessantes. Decididamente há muitas pessoas que não me cansam. Mas algumas sim. Decididamente (me entiendes?)
Não sei se quem lê este blog fica reparando nas - poucas - alterações que coloco no side bar. Aqui do lado esquerdo, em que ponho links e em que, teoricamente, coloco algumas coisinhas de ler e ouvir que acho interessantes (só que tenho muita preguiça de fazer qualquer update) - recurso, aliás, copiado do blog do James.
Enfim, se alguém repara, saberá que havia links para o Kibe Loco e para o Lúcio Ribeiro. Mas quando as pessoas começam a ser uma paródia de si mesmos, ou se vendem quando fazem sucesso... O que aliás, é uma besteira, pois perdem o público que antes gostava do que faziam. Claro, ganham outros modelos de tietagem, mas enfim... há tempos que eu já comecei a achar ambos pedantes demais. Sabe quando o que deveria ser alternativo ou cool, vira o oposto? Às vezes é difícil perceber a mudança, até que ela já seja absurda... Sucesso sobe à cabeça? Pode ser...
E nem é que eu sou daqueles conservadores que não quer que nada mude (mas sim, achei que o Metallica foi pro brejo desde a morte do Cliff), ou que tudo dos anos 80 é maravilhoso (ainda que o ache) e "pobre coitado de você que não cresceu na década perdida e não sabe o que é um girocóptero ou quem foi Falcon" (ainda que um g i joe seja muito melhor que... bom sei lá que bonecos as crianças têm hoje em dia - ah, a ditadura da subcultura... it's ok to talk about trash culture, quanto mais, mais descolado). É só que quando você muda tudo sem, digamos, uma razão que não seja porque isso fazia sentido e sim porque você entrará no mainstream se o fizer... bom, aí a coisa não me agrada mesmo.
E não me entenda mal, não reclamo da moda por ser moda, do status quo por ser status quo (ainda que geralmente pareça isso), nem acho que tenho dor de cotovelo também. Gosto de muita coisa pop - no sentido mais agudo do termo. No fundo acho que é o seguinte: o que era bom e ficou ruim me irrita profundamente, pior se isso aconteceu para que "isso" ficasse mais palatável.
Em vez de promover esses "vendidos", deixo só o site do meu amigo Gazela. E de outros amigos, assim que tiverem sites. Pronto.
Só mais uma coisa: aproveito e dou meu polegar-para-cima-com-sorriso-de-Gato-Risonho-da-Alice na recomendação da banda do meu buddy André, Soul na Goela! Já sabia que eles eram muito bons, mas num show em que as pessoas realmente tenham lugar pra pular... demais! Aliás, muito bom ter festas boas na unicamp de novo! Na falta de uma, foram três! Me senti na época da graduação, encontrando tantos amigos na multidão, bêbados e chapados, alegres e entusiasmados! Quem estuda hoje na unicamp nem sabia que existiam festas maravilhosas no bosque (ou o que restou dele) da economia... isso sim é triste.

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