quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Algo sobre a crueldade dos comentaristas de futebol

Esperando dar a hora para ir nadar ontem (minha mais nova paixão - bem, talvez sejam as endorfinas falando) assisti o primeiro tempo do jogo da seleção (o decente, pelo que parece).
Assistir jogo da seleção não é um passatempo há tempos, mas gostei bastante do jogo (a parte que assisti pelo menos).
Uma coisa que me deixa irritado, entretanto, é como pegam no pé do Ronaldo II. Achei que jogou bem. Nada genial, mas até aí, quem é hoje em dia?
As pessoas podem ser muito cruéis. E o pior, nada originais. Sempre é um jogador pra Cristo (agora parece que é o Robinho) - por um tempo, todos falam todo dia, sobre qualquer coisa que o infeliz faça no dia. E esquecem o que o cara já fez ou jogou em um passado não muito distante. Ingratidão e memória curta.

Em 2006, estava em Barcelona e ganhei um presentão do cunhado catalão: um passe de jornalista para assistir um jogo no Camp Nou, no gramado! E fiquei realmente impressionado com o Ronaldo naquele dia. Ele tinha uma intensidade no olhar... No aquecimento dava para perceber como ele tinha o time no bolso, gritando orientações aos companheiros e dando uns chutões impressionantes pro alto e matando com um toquinho sutil. Completo controle dos comportamentos cinéticos da bola.
O jogo que fui assistir era a segunda partida da semifinal da Copa do Rei, contra o Zaragoza. O time catalão ganhou, de virada, mas não se classificou (acho que mencionei o jogo um tempo atrás, sobre aparecer na tv - eu apareci comemorando o jogo, o que queimou um pouco o filme do cunhado, porque se espera que os laranjinhas, da imprensa, sejam imparciais).
A grande decepção, entretanto, foi que o juiz acabou expulsando o Ronaldo ainda no primeiro tempo, numa jogada besta, que não merecia nem amarelo (aprendi vários palavrões em catalão naquela noite).
Eu tinha me preparado, levando uma camisa do Brasil e uma caneta para conseguir um autógrafo depois do jogo. E então tive que me contentar em ver o Messi (que naquela época já se mostrava excepcional, não me entenda mal). Mas achei que pegaria mal pedir para que ele autografasse uma camisa do Brasil.

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