Dezembro. O frio já se abatia sobre a cidade. Só de lembrar das baixas temperaturas do começo do ano, sentia um misto de excitação e apreensão. O velho mundo é muito mais charmoso no inverno.
Contando que não houvesse neve, estaria tudo ótimo.
O trabalho andava a mil. Havia descoberto, algumas semanas antes, um pequeno tesouro na faculdade de Malinowski. Depois de achar que faltavam apenas pequenos detalhes para resolver e então poderia aproveitar as semanas derradeiras em stouts, ales e bitters, me peguei trabalhando praticamente durante todo o dia.
Mas vieram as visitas, e também não é que parei de aproveitar o que havia de bom e iria acabar logo.
Foi então que numa quinta-feira gelada, de garoa-quase-neve, encontramos uma festa para ir. Como na música dos brasilienses, estranha, com gente esquisita.
E num lugar bizarro. Era um antigo depósito de carga em King Cross, longe e escondido, agora usualmente usado pelo pessoal rave. Fiquei pendurado no telefone com a promoter, tentando entender onde tinha que virar à esquerda, direita, seguir reto, achar o posto, depois do pub...
Lá chegando achei que seria um fracasso. Nas vielas abandonadas, em meio a galpões velhos e fechados, carros enferrujados e muita escuridão, apenas os organizadores do evento, que se punham postados, de tempos em tempos, orientando os perdidos para onde ir. Mais ninguém. Pareciam tão solitários, parados no frio, no silêncio, como soldados esperando a próxima pessoa a pedir direções. Estranhamente, muito simpáticos e contentes.
Mas uma vez dentro, vi que havia muita gente. Como vieram e por onde chegaram permaneceu um mistério (e como foram embora, porque o lugar era realmente bem fora de mão, sem transporte coletivo depois de uma certa hora).
O mais interessante foi ver como eram os "étnicos" que mandavam no lugar. No centro da pista eram admirados e imitados - não muito bem, por sinal.
Invisíveis e pálidos nos escritórios e nas ruas, debaixo do estrobo e na frente dos falantes, eram diferentes. Fenômeno que vi outras vezes, como numa boate brazuca em plena Holborn.
Mas sou injusto. É a dor de cotovelo falando. Não existem mais festas assim em outras paragens.
segunda-feira, março 31, 2008
terça-feira, março 18, 2008
Cruzada pela moral e pelos bons costumes
Deu para o novo governador de Nova Iorque também admitir suas puladas de cerca - e o capacete de boi recíproco. Deve ter pensado que era melhor falar logo, que descobrirem e causarem um rebu - o que provavelmente aconteceria. Escândalo nos EUA é como mineração: depois que se descobre um veio, toda sorte de aproveitadores e carniceiros afluem como abutres pelo fedor e putrefação até que não reste nada além da memória dos ossos limpos.
Agora, essa honestidade em suspeita levanta algumas questões. A moral da história do paladino antecessor que foi pêgo com a boca na botija tem que ser que, o pior, não foi tanto a rendição às fraquezas da carne, mas a hipocrisia puritana. Isso em um país que leva muito a sério a correlação entre conduta e discurso. "Não mentirás", que para ouvidos sul-americanos soa como um estranho mandamento, é muito pior que "não roubarás".
De fato, há um grande mal estar quando os representantes eleitos do povo mostram-se menos que castos e honestos. O que é estranho, pelo menos no caso americano (e aqui também como no brasileiro), em que há uma desconfiança enorme no histórico moral dos políticos de carreira (talvez isso inclusive tenha agravado a situação de Spitzer, que definitivamente não tem o perfil de político profissional, mas que veio de um meio, digamos, menos suspeito. A traição parece maior).
Parece que a suspeita sempre paira, mas ainda causa choque quando ela se materializa de fato. O que me faz indagar o quanto isso é causado pelo ultraje moral e o quanto é pela decepção, talvez velada, pelo fato de que o cara, enfim, foi pêgo. Incompetente.
E não tem jeito, é como em outras esferas da vida pública - o que causa comoção são os crimes que envolvem sexo, traição. Esses dão ibope. Porque, afinal, não é o eleitorado que tira as maçãs podres do cesto, mas a pressão exercida pelas outras frutas reticentes e receosas da atenção recebida. Essa é razão pela qual fornicadores são guilhotinados e lobbistas, traficantes de armas e genocidas têm cargos vitalícios. Ainda que os corruptos e instigadores de violência estejam em círculos muito mais profundos que os luxuriosos na economia infernal dantesca.
Mas é evidente que não se pode esperar o fim do moralismo tacanho na política. As quatro paredes do poder ainda testemunharão, em silêncio, os horrores humanos. Se essas confissões têm um contexto todo especial para existirem, é importante lembrar que se trata de NY. Sabe quando isso aconteceria em... Utah, digamos?
Agora, essa honestidade em suspeita levanta algumas questões. A moral da história do paladino antecessor que foi pêgo com a boca na botija tem que ser que, o pior, não foi tanto a rendição às fraquezas da carne, mas a hipocrisia puritana. Isso em um país que leva muito a sério a correlação entre conduta e discurso. "Não mentirás", que para ouvidos sul-americanos soa como um estranho mandamento, é muito pior que "não roubarás".
De fato, há um grande mal estar quando os representantes eleitos do povo mostram-se menos que castos e honestos. O que é estranho, pelo menos no caso americano (e aqui também como no brasileiro), em que há uma desconfiança enorme no histórico moral dos políticos de carreira (talvez isso inclusive tenha agravado a situação de Spitzer, que definitivamente não tem o perfil de político profissional, mas que veio de um meio, digamos, menos suspeito. A traição parece maior).
Parece que a suspeita sempre paira, mas ainda causa choque quando ela se materializa de fato. O que me faz indagar o quanto isso é causado pelo ultraje moral e o quanto é pela decepção, talvez velada, pelo fato de que o cara, enfim, foi pêgo. Incompetente.
E não tem jeito, é como em outras esferas da vida pública - o que causa comoção são os crimes que envolvem sexo, traição. Esses dão ibope. Porque, afinal, não é o eleitorado que tira as maçãs podres do cesto, mas a pressão exercida pelas outras frutas reticentes e receosas da atenção recebida. Essa é razão pela qual fornicadores são guilhotinados e lobbistas, traficantes de armas e genocidas têm cargos vitalícios. Ainda que os corruptos e instigadores de violência estejam em círculos muito mais profundos que os luxuriosos na economia infernal dantesca.
Mas é evidente que não se pode esperar o fim do moralismo tacanho na política. As quatro paredes do poder ainda testemunharão, em silêncio, os horrores humanos. Se essas confissões têm um contexto todo especial para existirem, é importante lembrar que se trata de NY. Sabe quando isso aconteceria em... Utah, digamos?
domingo, março 16, 2008
A nobre arte da dublagem
A única coisa que presta na MTV é o Cine Class.
Recomendo efusivamente.
A mim me dá cãibras de rir!
Recomendo efusivamente.
A mim me dá cãibras de rir!
quinta-feira, março 13, 2008
Outro seriado
Estou assistindo O Triângulo, que em parte acho interessante, mas também um pouco viagem além da conta.
Entretanto fiquei pensando no que o Gustavo me falou outro dia, sobre outra série que adoro. Talvez, se não estivéssemos acompanhando Lost há algum tempo e não estivéssemos tão viciados, provavelmente nos irritaríamos com a prolixidade das teorias alternativas, pseudo-científicas e quase místicas que caracterizam o show nos últimos tempos.
Enfim, sobre o Triângulo, vale a pena assistir pelo Eric Stoltz, ator que sempre gostei e que, afinal, não se perdeu nos anos 80.
PS - correções no post anterior.
Entretanto fiquei pensando no que o Gustavo me falou outro dia, sobre outra série que adoro. Talvez, se não estivéssemos acompanhando Lost há algum tempo e não estivéssemos tão viciados, provavelmente nos irritaríamos com a prolixidade das teorias alternativas, pseudo-científicas e quase místicas que caracterizam o show nos últimos tempos.
Enfim, sobre o Triângulo, vale a pena assistir pelo Eric Stoltz, ator que sempre gostei e que, afinal, não se perdeu nos anos 80.
PS - correções no post anterior.
quarta-feira, março 12, 2008
Perspectivismo
Outro dia fui na farmácia comprar álcool e soro. Domingo, por sinal. Esse dia vazio e preguiçoso.
O dia não estava dos mais bonitos, mas também não estava ruim. Aproveitaria e andaria um pouco, coisa que não tenho feito muito ultimamente. Quando cheguei na farmácia alguns pingos mais gordos já começavam a cair.
Acabou que comprei as coisas a que fui e fiquei esperando cair o mundo em forma d'água dentro do estabelecimento farmacêutico. Em cinco minutos tudo estava alagado.
Para quem conhece aquele cruzamento da Barreto Leme com Cel Quirino sabe das generosas poças que se formam por lá nessas chuvaradas - ainda que seja muito melhor que em outras regiões do bairro.
Lá esperei, olhando os produtos, a balança, a chuva, os pedestres encharcados, os motoristas com síndrome de rali.
Puxei conversa com um rapaz e acabamos falando sobre a chuva e os transtornos das inundações dali. Ele me contou que o problema é que aquela região toda antes era charco (ou o termo técnico correto) e que a água não tem como escorrer quando ocorrem os temporais, já que o sistema de esgoto é bem precário em decorrência do passado alagadiço da metrópole. Isso lá por volta de 1700.
Não sou versado na história da cidade, mas já havia ouvido explicações parecidas (o mesmo parece ocorrer com São Paulo e o problema com o Ipiranga, ou sejam lá que águas correntes subterrâneas espreitam e conspiram contra os cidadãos insuspeitos). De qualquer maneira, o argumento parecia bem plausível.
Das conjecturas históricas e urbanísticas não demorou para chegarmos no aquecimento global, no derretimento do gelo nos pólos e no aumento da temperatura e do nível do mar.
Mas a ganância do homem não se traduzia, segundo meu interlocutor, em poluição e destruição da camada de ozônio. Ou não apenas isso, de qualquer maneira. Mas é, antes de mais nada, a confirmação da natureza pecadora humana, a prova do sinal, indiscutível, de que a grande tragédia se aproxima - ou assim entendi, com minhas palavras.
Mas qual tragédia, indago?
O fim anunciado, foi a resposta.
A conotação bíblica de um apocalipse talvez menos simbólico (ainda que saturado de sentido) e assustadoramente real ficou logo evidente. E eu estaria equivocado em pensar o contrário.
Equivocado e iludido, porque é claro que a ciência tem sua explicação do fenômeno, mas ela falha miseravelmente quando diz respeito aos desígnios insondáveis saídos de um Velho Testamento vingativo. Tal como os azande, que não têm problema nenhum em admitir que cupins tenham roído o arco mas insistem em lembrar que a madeira ruiu exatamente quando fulano se encontrava debaixo (e, portanto, prova de que feitiçaria se mostra presente), me foi mostrado que os princípios por mim aceitos para explicar os problemas ambientais, eram mais complexos do que imaginava.
No fundo ele me alertava para os sentidos do efeito estufa, e estava de certa forma muito menos restrito quando se tratava de pensar sobre o problema, que evidentemente não é apenas ecológico - ainda que ele mesmo estivesse refém de sua perspectiva e visão de mundo.
Para quê acumular e planejar, quando o melhor, inferi pelos rumos da argumentação, era simplesmente esperar, resignado, o castigo merecido? Uma versão sombria e paradoxal do carpe diem exatamente porque, neste caso, o futuro é certo e o presente intocável.
Voltei para casa um pouco angustiado com o confronto com um outro paradigma e uma outra forma de experenciar, além de bastante molhado.
O dia não estava dos mais bonitos, mas também não estava ruim. Aproveitaria e andaria um pouco, coisa que não tenho feito muito ultimamente. Quando cheguei na farmácia alguns pingos mais gordos já começavam a cair.
Acabou que comprei as coisas a que fui e fiquei esperando cair o mundo em forma d'água dentro do estabelecimento farmacêutico. Em cinco minutos tudo estava alagado.
Para quem conhece aquele cruzamento da Barreto Leme com Cel Quirino sabe das generosas poças que se formam por lá nessas chuvaradas - ainda que seja muito melhor que em outras regiões do bairro.
Lá esperei, olhando os produtos, a balança, a chuva, os pedestres encharcados, os motoristas com síndrome de rali.
Puxei conversa com um rapaz e acabamos falando sobre a chuva e os transtornos das inundações dali. Ele me contou que o problema é que aquela região toda antes era charco (ou o termo técnico correto) e que a água não tem como escorrer quando ocorrem os temporais, já que o sistema de esgoto é bem precário em decorrência do passado alagadiço da metrópole. Isso lá por volta de 1700.
Não sou versado na história da cidade, mas já havia ouvido explicações parecidas (o mesmo parece ocorrer com São Paulo e o problema com o Ipiranga, ou sejam lá que águas correntes subterrâneas espreitam e conspiram contra os cidadãos insuspeitos). De qualquer maneira, o argumento parecia bem plausível.
Das conjecturas históricas e urbanísticas não demorou para chegarmos no aquecimento global, no derretimento do gelo nos pólos e no aumento da temperatura e do nível do mar.
Mas a ganância do homem não se traduzia, segundo meu interlocutor, em poluição e destruição da camada de ozônio. Ou não apenas isso, de qualquer maneira. Mas é, antes de mais nada, a confirmação da natureza pecadora humana, a prova do sinal, indiscutível, de que a grande tragédia se aproxima - ou assim entendi, com minhas palavras.
Mas qual tragédia, indago?
O fim anunciado, foi a resposta.
A conotação bíblica de um apocalipse talvez menos simbólico (ainda que saturado de sentido) e assustadoramente real ficou logo evidente. E eu estaria equivocado em pensar o contrário.
Equivocado e iludido, porque é claro que a ciência tem sua explicação do fenômeno, mas ela falha miseravelmente quando diz respeito aos desígnios insondáveis saídos de um Velho Testamento vingativo. Tal como os azande, que não têm problema nenhum em admitir que cupins tenham roído o arco mas insistem em lembrar que a madeira ruiu exatamente quando fulano se encontrava debaixo (e, portanto, prova de que feitiçaria se mostra presente), me foi mostrado que os princípios por mim aceitos para explicar os problemas ambientais, eram mais complexos do que imaginava.
No fundo ele me alertava para os sentidos do efeito estufa, e estava de certa forma muito menos restrito quando se tratava de pensar sobre o problema, que evidentemente não é apenas ecológico - ainda que ele mesmo estivesse refém de sua perspectiva e visão de mundo.
Para quê acumular e planejar, quando o melhor, inferi pelos rumos da argumentação, era simplesmente esperar, resignado, o castigo merecido? Uma versão sombria e paradoxal do carpe diem exatamente porque, neste caso, o futuro é certo e o presente intocável.
Voltei para casa um pouco angustiado com o confronto com um outro paradigma e uma outra forma de experenciar, além de bastante molhado.
quarta-feira, março 05, 2008
Gênero do futebol
Há anos que faço etnografia televisiva - com gosto, devo dizer. Não acho que faço mal quando o papo é tv.
Logo depois do almoço eu paro no canal das mesas redondas de futebol - ainda que de vez em quando fique um tempo sem assistir, já que geralmente os argumentos se repetem irritantemente. As análises táticas raramente são compreensíveis e há uma preocupação exagerada de um equivalente politicamente correto nos prognósticos dos jogos - tudo é marcado por um "equilíbrio", e nada é "moleza".
Time X é "melhor tecnicamente", mas Z é "mais coeso e estruturado", enquanto W "passa por uma fase de renovação", entretanto K "tem a tradição a seu favor", só que Y "conta com o fator campo" - contudo, não se pode esquecer da altitude! Isso se traduz, literalmente, em não menosprezar o adversário ou, para quem vê de fora, em não queimar a língua, já que ninguém tem a mínima idéia do que vai acontecer (senão estava rico jogando na loteria esportiva e não apresentando programa). Porque, como dizia o folclórico Vicente Matheus, futebol é uma caixinha de dois legumes. Ou algo equivalente.
No fundo futebol ainda é extremamente marcado por conservadorismos esquisistos (como essa clivagem de gênero de décadas de idade) que, de alguma maneira, ainda conseguem sobreviver neste meio, como que socialmente blindados. Pelo menos no no que diz respeito à tv.
Exemplifico: no programa de hoje surgiu um comentário sobre como o ex-atacante são-paulino Müller está com o corpo conservado mesmo hoje em dia. Rapidamente todos os representantes masculinos se isentaram de comentários com risadinhas de "nessa eu não me meto". Com a exceção de que apenas a comentarista - que é gay, por sinal - presente poderia opinar, porque isso é do "departamento" dela.
E já existiram outras situações parecidas. Parece haver uma fobia exagerada em fornecer qualquer elemento que possibilite acusá-los, mesmo que remotamente, de nada menos que heterossexuais mais do que convictos. Ultra-machos. Duvidar da hombridade dos envolvidos com o esporte é ofensivo, e tabu maior que em outras esferas. É impensável até mesmo admitir que se tenha alguma opinião sobre algo inocente, como as pernas do Roberto Carlos.
Não o rei.
Logo depois do almoço eu paro no canal das mesas redondas de futebol - ainda que de vez em quando fique um tempo sem assistir, já que geralmente os argumentos se repetem irritantemente. As análises táticas raramente são compreensíveis e há uma preocupação exagerada de um equivalente politicamente correto nos prognósticos dos jogos - tudo é marcado por um "equilíbrio", e nada é "moleza".
Time X é "melhor tecnicamente", mas Z é "mais coeso e estruturado", enquanto W "passa por uma fase de renovação", entretanto K "tem a tradição a seu favor", só que Y "conta com o fator campo" - contudo, não se pode esquecer da altitude! Isso se traduz, literalmente, em não menosprezar o adversário ou, para quem vê de fora, em não queimar a língua, já que ninguém tem a mínima idéia do que vai acontecer (senão estava rico jogando na loteria esportiva e não apresentando programa). Porque, como dizia o folclórico Vicente Matheus, futebol é uma caixinha de dois legumes. Ou algo equivalente.
No fundo futebol ainda é extremamente marcado por conservadorismos esquisistos (como essa clivagem de gênero de décadas de idade) que, de alguma maneira, ainda conseguem sobreviver neste meio, como que socialmente blindados. Pelo menos no no que diz respeito à tv.
Exemplifico: no programa de hoje surgiu um comentário sobre como o ex-atacante são-paulino Müller está com o corpo conservado mesmo hoje em dia. Rapidamente todos os representantes masculinos se isentaram de comentários com risadinhas de "nessa eu não me meto". Com a exceção de que apenas a comentarista - que é gay, por sinal - presente poderia opinar, porque isso é do "departamento" dela.
E já existiram outras situações parecidas. Parece haver uma fobia exagerada em fornecer qualquer elemento que possibilite acusá-los, mesmo que remotamente, de nada menos que heterossexuais mais do que convictos. Ultra-machos. Duvidar da hombridade dos envolvidos com o esporte é ofensivo, e tabu maior que em outras esferas. É impensável até mesmo admitir que se tenha alguma opinião sobre algo inocente, como as pernas do Roberto Carlos.
Não o rei.
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