domingo, janeiro 15, 2006

Balonismo


Ontem fomos andar de balão em Piracicaba! Muito legal, bonito e nada assustador. Quer dizer, me espantei com a velocidade que o negócio sobe! E ficava com medo do meu boné e dos meus óculos caírem, mas fora isso...
Tivemos que ir ante-ontem à noite dormir em Piracicaba, já que o passeio começava às 7. Saímos do gramado da lindíssima ESALQ, bem cedinho, com aquela luz mortiça que há muito tempo não via (acordar cedo não é comigo). Aliás, a cidade toda é muito bonita, arborizada e tranquila.
O cara, de nome eslavo, filho de ucranianos, Feodor, era muito ninja. Eu achava que era tudo muito pouco navegável. Mas que nada, ele sabia direitinho o quanto subir e o quanto descer pra pegar as correntes de ar. Muito estranho, aliás, o fato de não sentirmos vento. O que no fundo é óbvio, já que viajamos nele. E ouvir os cachorros da cidade inteira latindo é divertido também!
Mas o piloto era muito bom mesmo. Ele baixou o balão até encostar nas águas do rio Piracicaba e então voltou a subir, tirava finas de árvores... pousou exatamente onde disse que iria. Isso só com 1 gps e o abrir e fechar de uma labareda quentíssima em cima de nossas cabeças! Quer dizer, há algo de improviso, ele disse. O que dá um toque especial para tudo, acho eu. Longe de ser algo exato, é meio um toma lá da cá entre as variações climáticas e a perícia do balonista.
Chegamos a 600 metros de altura, o que me parecia altíssimo já. E ele disse que já foi até 9000 metros!
Na aterrissagem ganhamos um lanche, frutas, café, bolo e champanhe - que, segundo Feodor, é tradicional entre os balonistas. Tradição que remonta aos primórdios do esporte, na França do século XVIII. Os primeiros balonistas desciam, invariavelmente, em alguma fazenda ou propriedade privada. Traziam a tira-colo, junto com os sacos de areia e a estranheza toda do negócio, uma garrafa de champanhe, a fim de confraternizar com o proprietário do lugar. Demonstravam assim que eram humanos e, mais importante, creio eu, que eram franceses.
Enfim, valeu a pena.

Aí de noite fomos na nachada sazonal do Chaplin. Acho que estava tudo mundo com muito sono e calor (que calor foi aquele?!) e muita gente não veio. Mas foi divertido mesmo assim. Ficamos conversando e suando, comendo nachos e burritos, passando mal com cerveja quente. Valeu por ter encontrado a Cris, que foi lá também! Cris, as nachadas não costumam ser tão estranhas como foi ontem! Mas deu pra dar uma descansada, não?

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