segunda-feira, agosto 02, 2010

A terra onde nasceu Jesus

Aqui na acalorada Belém tudo funciona com ar condicionado, as comidas são quentes, líquidos gelados são necessários. Conclusão: dor de garganta!

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É tão legal ficar encontrando os conhecidos em uma cidade tão distante. Parece que é a maior coincidência do mundo topar com a galera que você não vê há meses, por vezes anos!

terça-feira, junho 29, 2010

Rapidinhas sobre a copa

E meu bolão ainda tá valendo! Brasil x Espanha na final...

O meu xará - Ronaldo me irrita profundamente... se tirassem o telão dos estádios é capaz de Portugal ter se classificado...

quarta-feira, maio 05, 2010

Sobre a discussão em torno da demarcação de terras indígenas e quilombolas

Me eximo de emitir minha opnião pessoal na questão que chacoalhou a comunidade antropológica nos últimos dias (entretanto, adianto, é de interesse de todos: os que se preocupam com a constituição dos argumentos veiculados nos meios mediáticos brasileiros, sua imparcialidade e poder de reflexão crítica).
Me limito, ao menos neste post, a reproduzir os desdobramentos de uma matéria intutulada "A farra da antropologia oportunista", publicada na revista Veja (ano 43, n. 18), no intuito de divulgar a discussão.

A começar pela matéria em si: http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2010/05/farra-da-antropologia-oportunista.html

Um dos antropólogos citados na matéria, Eduardo Viveiros de Castro, escreveu uma réplica, que segue (cito aqui por não encontrar link para o texto):

Aos Editores da revista Veja:

Na matéria "A farra da antropologia oportunista" (Veja ano 43 nº 18, de 05/05/2010), seus autores colocam em minha boca a seguinte afirmação: "Não basta dizer que é índio para se transformar em um deles. Só é índio quem nasce, cresce e vive num ambiente cultural original" . Gostaria de saber quando e a quem eu disse isso, uma vez que (1) nunca tive qualquer espécie de contato com os responsáveis pela matéria; (2) não pronunciei em qualquer ocasião, ou publiquei em qualquer veículo, reflexão tão grotesca, no conteúdo como na forma. Na verdade, a frase a mim mentirosamente atribuída contradiz o espírito de todas declarações que já tive ocasião de fazer sobre o tema. Assim sendo, cabe perguntar o que mais existiria de "montado" ou de simplesmente inventado na matéria. A qual, se me permitem a opinião, achei repugnante. Grato pela atenção,

Eduardo Viveiros de Castro

A revista publicou uma resposta à réplica: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-todo-mundo-indio-quem-nao-555649.shtml

Seguiu-se uma nova resposta por parte de Viveiros de Castro: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2010/05/470943.shtml

A Associação Brasileira de Antropologia, em conjunto com a Comissão de Assuntos Indígenas, publicou nota sobre o caso: http://www.abant.org.br/conteudo/005COMISSOESGTS/Documentos%20da%20CAI/NotaCAI-ABA.pdf

O artigo (entrevista) em questão, utilizado pelos responsáveis pela matéria para citar Viveiros de Castro, segue em: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/brasil-todo-mundo-indio-quem-nao-555649.shtml

Em tempo. A resposta de outro antropólogo citado, Mércio Pereira Gomes: http://merciogomes.blogspot.com/2010/05/resposta-materia-da-veja-farra-da.html

A discussão é um pouco longa, mas vale a pena seguir. Tire suas próprias conclusões.

quinta-feira, abril 29, 2010

Self-made

Há alguns anos, com o relativo fácil acesso de softwares que ajudam a compor, editar e bordar, começou uma onda de self-made men (women) fazendo seus sons no conforto do lar. Muitas vezes, quando o resultado era decente, não era preciso nem uma gravadora. Estão aí os programas de compartilhamento de música para isso. Programas, aliás, que muitos artistas resolveram parar de combater e usar em seu favor (Metallica not included).
Em conversa com o Chaplin e o Gui, no primeiro e único programa de nosso podcast, surgiu o assunto da mediocridade dos novos especialistas e a democratização da informação e da tecnologia. Todo mundo agora é fotógrafo, é programador, músico, dj. Mas eu ainda acho que a facilidade para a criação é bem-vinda. Depois é só separar o que é bom do que não é e tudo fica certo.
E tem muita gente boa, que nem precisa de banda, fazendo som.
O último que descobri responde pelo nome de Rhoderic Land (não é seu verdadeiro nome). Não achei muitas informações do tio, mas pelo jeito se trata de um financista inglês exilado em Paris há quase 20 anos, que resolveu fazer um som no conforto do lar e divulgar. Ele toca todos os instrumentos, grava todas as vozes, e depois edita tudo em seu computador pessoal. O resultado é excelente! Procure pelo vídeo King Kong Tonight no You Tube e cheque por conta própria.

segunda-feira, abril 19, 2010

Em prol do planeta

No último dia 27, das 20:30 às 21:30, a WWF promoveu a hora do planeta, para alertar sobre o aquecimento global (quem ainda não acredita nessa josma, peloamordedeus?).
Nada mais nobre, ainda que talvez inútil, se o mundo acabar mesmo daqui a dois míseros aninhos, segundo maias, hopi, antigas múmias egípcias, roteiristas do History Channel e donos de companhia aérea na Europa.
Enfim, eu, que só ajudo nestas causas no conforto do lar (reciclar lixo e escovar os dentes com a torneira fechada), aderi. Quem não consegue viver sem energia elétrica por uma mísera horinha?!
Depois de apenas alguns momentos eu já não aguentava mais. E me irritava profundamente olhar para fora da janela e ver que todo o resto do mundo deixou a luz acesa! Provavelmente estavam também aspirando pó, cozinhando com a geladeira aberta, ou tomando banho pelo restante do tempo.
Mas era uma questão de honra, aguentar até completar os 60 minutos.
Lá pelas 21:00, cansado de jogar fifa soccer no celular, resolvi sentar na poltrona da janela para fumar.
E, sentado ali, esperando os 3600 segundos passarem, na não tão absoluta escuridão (dado o show de luzes que entrava pela sala, vindo das casas dos meus vizinhos ridículos), numa cena realmente deprimente, eis que o Puskás, o gato de casa, pula no encosto, talvez ignorante de minha presença ali, macambúzio.
Após um quase-ataque cardíaco e um dolorido rasgo de 20 centímetros no braço, feito pelo felino que também se assustou com meu susto, resolvo deitar e dormir o restante dos 3600000 milissegundos passarem.

segunda-feira, março 29, 2010

Um dia uma carona

Nem de flush vivem minhas memórias. Ontem, já deitado, na difícil tarefa de esperar o sono vir, lembrei de quando, adolescente, eu e meu amigo Flávio voltávamos das quadras da unicamp, depois de uma tarde quentíssima jogando basquete.
De vez em quando nos aventurávamos, naquela época, a pegar umas caronas, em dias que a exaustão era maior. O mundo (leia-se Barão Geraldo), era bem menos desconfiado e perigoso.
Na avenida, nos arrastando morro acima, eis que aparece uma alma caridosa.
Um Del Rey verde prateado, cheio de ferrugens e barulhinhos, pára e nos deixa entrar. Arrumamos espaço entre as toneladas de papel que ocupavam os espaços vagos nos bancos e ficamos embasbacados com a beleza da motorista, que deveria ter uns 20 anos. Na época, uma adulta, para a gente.
E além de lindíssima, muito gentil e divertida. Nos deixou em casa (os 3, morávamos bem perto) e foi-se embora, levando dois corações.
Sempre me apaixonei fácil, e naquele dia ainda tive a inusitada coragem de aparecer novamente na casa da moça, alegando ter deixado alguma besteira no carro, só para trocar mais umas palavrinhas e fotografar sua figura na retina.

Pelo jeito deu certo.

sábado, março 20, 2010

C'est fini...

Até semana que vem.

quarta-feira, março 10, 2010

O fim dos 80

Ano passado foi o John Hughes, agora foi Corey Haim... quando a galera dos anos 80 começa a morrer, um sinalzinho de alerta acende... (e alguns, não por velhice, mas porque embarcaram, ou foram condenados, a uma vida trash e decadente).

Alguns atores adolescentes, da minha época de adolescente, conseguiram escapar da sina da "década perdida". Mesmo no campo dos filmes, ainda, como John Cusack, Matthew Broderick, Tom Hanks, ou, em menor escala, Eric Stoltz. Ou então encontraram a tábua de salvação, que virou a programação da telinha, como Patrick Dempsey, Charlie Sheen e Heather Graham (ainda que estes tenham feito também uns filminhos, aqui e ali). Alguns até conseguiram chegar na década de 1990, como Jennifer Jason Leigh, ainda que tenham sumido, recentemente.
Mas outros, coitados, pereceram sob a rotulação teen. Como é o caso do irmão não-Sheen, Molly Ringwald e Mark Hamill. E vivem de dvd, comerciais, pequenos papéis, joguinhos de computador (esse é o fundo do poço)... mantidos por um grupo sempre presente de "admiradores cult" (que vira e mexe acabam virando modinha, dependendo da vibe revival ou retrô). Corey Haim era um desses, que, no fundo, davam dó.

Já o outro Corey, o Feldman, esse é um caso a parte.

sábado, fevereiro 27, 2010

Who's Banksy?

Eu acreditava que depois das últimas semanas, dormindo 3, 4 horas, ou simplesmente varando madrugadas afora, eu iria apagar por uma semana, depois de entregar o texto. Mas acho que o corpo realmente desenvolve costumes (acordar cedo, fumar na privada, tomar um café no meio da tarde). Continuo dormindo 3, 4 horas, mesmo não precisando.
Tudo bem, pelo menos agora não é por nervosismo ou por falta de tempo.
Este finalzinho foi realmente muito difícil. Por diversas vezes eu queria deixar do jeito que estava (mas admito que muita coisa podia ser melhorada). Fiz o máximo que pude, só espero que seja o suficiente.
Murphy me fodeu bonito também. Mas acho que era o jeito de realmente perceber que estava acabando. Entre não conseguir imprimir, gastar muito mais do que queria com os exemplares da tese, e ter o celular roubado (ou "entre mortos e feridos"...), deu tudo certo.

Depois de um bom tempo longe daqui, espero que tenha agora mais vontade de não deixar tudo às moscas.
Então adianto uma dica cinematográfica.

Se trata de um documentário editado pelo Banksy (sim, o grafiteiro preferido do grande público, mas odiado por muitos de seus colegas), baseado no material de Thierry Guetta, um francês bizarro, que também se tornou um artista de rua bem sucedido (e também acabou odiado por isso), e que registrou a cena grafiteira de Los Angeles.
Exit Through the Gift Shop foi incluído no repertório do Festival de Berlin e também no do Sundance Festival deste ano. A idéia de registar uma forma de arte tão perecível é bastante interessante. Mas acho que o melhor mesmo são as questões que podem ser debatidas através do conteúdo do documentário, e mesmo do trabalho em si.
Porque muita gente já começou a torcer o nariz para o Banksy (seria inveja? Em boa parte das críticas?), que apesar de continuar criando uns stencils muito perspicazes, nos recantos mais inusitados de Londres e adjacências (que já não são tão adjacentes assim), agora vende quadros nas conceituadas galerias e casas de leilão britânicas. Na verdade, alguns de seus maiores críticos são seus colegas grafiteiros, que não acreditam que o tipo de elaboração feita por Banksy é tão original assim. Ou, ainda, que ele se vendeu na primeira oportunidade de transformar a arte da contestação em algo comercial.
Eu, pessoalmente, acho que nada do que ele fez, ao vender por centenas de milhares de libras alguns de seus trabalhos para artistas de Hollywood e gente com muito dinheiro e com gosto duvidoso (para dizer o mínimo), contradiz a natureza da crítica ácida e satírica de sua proposta. A tática de colocar material inteligente, mas completamente ridículo, nas exposições da "arte consagrada", é um exemplo. É algo como "vocês acham que sabem sobre arte? Primeiro, não conseguem separar o trabalho dos competentes da minha merda. Segundo, o trabalho dos competentes não é tão competente assim". No fundo, ele chama atenção, ao equalizar as formas de arte (por baixo, devo dizer), para uma questão que há muito é debatida pelos historiadores de arte: boa parte da moral disto tudo se refere à forma como a arte é vendida, adornada e apresentada. E vender suas porcarias por milhares de libras é um tapa na face de quem acredita que consegue avaliar a arte por si só.
E, convenhamos, se mesmo tudo o que eu disse aqui acabar sendo um monte de abobrinhas, ainda resta um ponto: qual seria o grafiteiro, por mais underground que seja, que não aceitaria um troco super-valorizado por sua arte?
Assistir o documentário em um cinema de porão no sul de Londres (como de fato aconteceu) talvez faça mais sentido que assistir no glamour de Berlin, ou mesmo no já não tão alternativo Sundance. Mas, ao mesmo tempo, talvez sejam nestes lugares, ou em um confortável dvd, que o filme mais se realize.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Tilt

Acho que nunca estive tão cansado na minha vida.
Mas ao mesmo tempo, nessa reta final, entrei, no que chamam os basqueteiros, "in the zone"!
E vamos que vamos.

segunda-feira, janeiro 04, 2010

E começa 2010

Como era de se esperar, não deu pra descansar tanto neste final de ano. Mas rolaram boas comidas, uma pausa rápida na escrivinhação toda (nada como trabalho braçal para parar de pensar na tese por um tempo) e uns presentes bem bacanas!
Esse ano tive umas boas surpresas no quesito. Nada extravagante, mas coisas divertidas mesmo assim. Algumas camisetas, que sempre são bem vindas (não compro roupa). E também uma panela de fazer risoto (ou paella, se eu descobrir como... uhu!) e um carrinho de fricção!
Há muitos anos não ganhava um brinquedo e achei bem legal! Ainda não tive muito tempo pra sair brincando com ele, mas logo, logo vocês vão me encontrar em algum tanque de areia ou parquinho, causando olhares estranhos nas mães presentes.