Nos primórdios desse blog eu me aventurei com umas pseudo resenhas de discos bacanas ou de filmes que achava que valiam a pena.
Não sei porque parei com a atividade. Eu costumava colocar uma dose de algum goró no copo, punha um som bacana e escrevia por aqui. Ultimamente não tenho bebido nem café e não tenho tido paciência para dar dicas.
Mas abro uma exceção e falo do "The Greatest Silence", que assisti dia desses num desses canais de tv a cabo. Não lembro qual agora, mas não deve ser difícil descobrir na programação.
O filme é um documentário sobre a prática tornada corriqueira na fronteira do Congo com Ruanda, no desenrolar do genocídio de 94 e no final da ditadura mobutista: o estupro em massa.
Não é um assunto agradável, como não são os depoimentos dos entrevistados (das mulheres, mas também dos perpetradores), mas ainda sim é uma denúncia que deve ser levada mais a sério. Mais do que nunca a máxima de que "é mais simples fingir que nada acontece do outro lado do Atlântico" é perigosamente verdadeira.
quarta-feira, outubro 15, 2008
terça-feira, outubro 07, 2008
Dessas contradições da vida
Eu já tinha assistido alguns episódios, aqui e ali, mas nunca tinha realmente acompanhado The Sopranos. Agora vai passar desde o começo e tenho intenção de ver sempre.
Eu gosto desses seriados mais malvados. Ainda mais quando são bem feitos e interpretados. Claro que, por serem feitos para tv, eles têm seus limites. Mas ainda assim é algo diferente da grande parte da programação insípida da telinha (que eu assisto também, não nego).
Na verdade eu tenho uma quedinha pela vida bandida ou pelo jeito cafajeste de ser. Mas nunca tenho coragem de fazer algo do naipe. Bem, não é bem coragem a palavra... é algo mais complicado que isso. Um dia tento elaborar melhor. Mas digamos que eu prefiro ler o Nelson Rodrigues do que fazer algo a respeito...
Mas ontem aconteceu algo engraçado. Um amigo, que foi para terras inóspitas da fronteira civilizatória para garantir seu pão na mesa, inadvertidamente levou um livro da biblioteca junto com o resto da mudança. Me pediu, então, para devolver o dito e o enviou por correio para cá.
Fui para a universidade devolver, aproveitando que também tinha que imprimir a qualificação (aleluia!) e entregar para a banca. A bibliotecária, então, um tanto quanto imbuída de um sentimento de rancor, soltou, alto, irônica e reprovadora "você está suspenso por 66 dias, meu bem".
Por um lado não gosto de ficar me desculpando, mesmo que não tenha sido eu quem pegou o livro (e nem de jogar a culpa nos outros), mas por outro lado achei bastante divertida a revolta da mulher. E das pessoas em volta, que me olharam assustadas e acusadoras.
Se tem uma coisa que eu odeio é a patrulha ideológica (expressão cunhada pela minha querida amiga prima do Altman) da minha faculdade. Ainda mais porque sei que depois de bancar os liberais conscientes, críticos dos problemas da universidade pública e dos imperialismos insinuados na existência moderna, têm como ponto alto da vida acadêmica as festas em que podem se embebedar como uns gambás e então ir para o banheiro do instituto (público, em todos os sentidos) e quebrar tudo (e depois reclamar que a direção não cuida do patrimônio). Para não falar de coisa pior. Hipocrisia sucks.
Então resolvi curtir meus 10 segundos de badboy e mandar todos à merda. Bem, não mandei ninguém à merda, mas soltei um "tô pouco me lixando", ou um "é isso mesmo, e daí", ou algo do tipo, e arriscar as pedras.
Ainda mais porque não sou eu que estou suspenso.
Eu gosto desses seriados mais malvados. Ainda mais quando são bem feitos e interpretados. Claro que, por serem feitos para tv, eles têm seus limites. Mas ainda assim é algo diferente da grande parte da programação insípida da telinha (que eu assisto também, não nego).
Na verdade eu tenho uma quedinha pela vida bandida ou pelo jeito cafajeste de ser. Mas nunca tenho coragem de fazer algo do naipe. Bem, não é bem coragem a palavra... é algo mais complicado que isso. Um dia tento elaborar melhor. Mas digamos que eu prefiro ler o Nelson Rodrigues do que fazer algo a respeito...
Mas ontem aconteceu algo engraçado. Um amigo, que foi para terras inóspitas da fronteira civilizatória para garantir seu pão na mesa, inadvertidamente levou um livro da biblioteca junto com o resto da mudança. Me pediu, então, para devolver o dito e o enviou por correio para cá.
Fui para a universidade devolver, aproveitando que também tinha que imprimir a qualificação (aleluia!) e entregar para a banca. A bibliotecária, então, um tanto quanto imbuída de um sentimento de rancor, soltou, alto, irônica e reprovadora "você está suspenso por 66 dias, meu bem".
Por um lado não gosto de ficar me desculpando, mesmo que não tenha sido eu quem pegou o livro (e nem de jogar a culpa nos outros), mas por outro lado achei bastante divertida a revolta da mulher. E das pessoas em volta, que me olharam assustadas e acusadoras.
Se tem uma coisa que eu odeio é a patrulha ideológica (expressão cunhada pela minha querida amiga prima do Altman) da minha faculdade. Ainda mais porque sei que depois de bancar os liberais conscientes, críticos dos problemas da universidade pública e dos imperialismos insinuados na existência moderna, têm como ponto alto da vida acadêmica as festas em que podem se embebedar como uns gambás e então ir para o banheiro do instituto (público, em todos os sentidos) e quebrar tudo (e depois reclamar que a direção não cuida do patrimônio). Para não falar de coisa pior. Hipocrisia sucks.
Então resolvi curtir meus 10 segundos de badboy e mandar todos à merda. Bem, não mandei ninguém à merda, mas soltei um "tô pouco me lixando", ou um "é isso mesmo, e daí", ou algo do tipo, e arriscar as pedras.
Ainda mais porque não sou eu que estou suspenso.
sexta-feira, outubro 03, 2008
Outro sonho
Hoje eu tive um sonho muito bacana. Nele, eu estava cansado da vida atribulada da cidade, cansado do stress da academia. Então resolvi morar em uma ilha bem afastada e inacessível, que eu sabia ser uma possessão inglesa.
A ilha era bastante deserta. Algo como algumas centenas de pessoas. Sem muito o que fazer. O interessante é que eu via tudo de cima, então tinha uma idéia geral do lugar (fiquei até com vontade de desenhar o esquema depois). Ao sul, umas lindas praias e também a parte recreativa. No meio um grande centro com um refeitório e umas casas ao redor. Ao norte, uma empresa - na verdade, a única coisa realmente parecida com o tipo de vida produtiva existente no resto do mundo. Era uma firma de distribuição de água mineral. Meu emprego consistia em sair numa espécie de buggy entregando garrafões. E fazia isso rapidinho, tendo bastante tempo para pegar um sol depois.
Uma das coisas mais esquisitas, mas que na ilha parecia uma boa diversão, ficava na parte recreativa. A brincadeira favorita era algo bastante parecido com o que eu vi em algum programa infantil de tv quando eu era menor: dois times, maquiagem e bugigangas diversas. Ganhava quem montava o melhor palhaço em determinado tempo em um membro cobaia de seu time.
O grande problema da ilha era que o número de mulheres era muito menor do que o de homens. Foi quando descobri isso que acabei acordando.
quinta-feira, outubro 02, 2008
Bingo!
Hoje ganhei minha primeira promoção de tv! Um livro de poker...
Serei mais ambicioso de agora em diante...
Serei mais ambicioso de agora em diante...
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