Como nem só de reclamações vive um homem, conto hoje meu maravilhoso dia de ontem!
Na verdade ele começou lá pelo meio dia, quando finalmente levantei. Como no dia anterior demos um bolo na Má e no Ratto, os convidamos para um cinema, já que queríamos assistir V de Vingança ou A Era do Gelo II e aproveitaríamos para comer no shopping também. Acabamos indo sozinhos, já que eles não podiam naquele horário logo depois do almoço.
Várias pessoas não curtiram o filme, mas eu gostei. Gostei muito, para dizer a verdade. O agente Smith deu um V perfeito! O legal é que rolaram várias discussões em torno da história, durante todo o dia, o que também é um bom sinal, não?! Para bem ou para mal, instigou. Mas outra hora falo do que gostei no filme...
Depois disso - e essa foi uma das partes mais legais do dia - fui cumprir meu ritual de visitar a FNAC e dar uma namorada nos livros. Um do Bastidão, Las religions africaines au Brésil, edição de capa dura aveludada, da PUF (a.k.a. Presses Universitaires de France), me encantava desde as primeiras vezes que fui à loja, anos atrás. Fazia parte do ritual pessoal sempre tirá-lo da estante (na verdade do chão que reservaram à antropologia e sociologia), passar o código de barras no leitor, me assustar com o preço e devolvê-lo ao seu devido lugar.
Na verdade é um hábito que adquiri quando antes só existia a Saraiva dessas mega livrarias. É que, como o lance nesses lugares é totalmente impessoal, de vez em quando apareciam umas promoções malucas. Não há um responsável que saiba o real valor das coisas nessas lojas (para bem ou para mal), então eu sempre ficava checando, pois algum dia o preço ficava ridículo e eu comprava algo muito legal.
Além disso tudo, deve haver todo um processo de corte com o livro (alguns anos antes, com CDs também). Vou lá, namoro AQUELE livro, volto outro dia, xaveco de novo... Isso porque não era um Las religions, era AQUELE mesmo, único e tornado íntimo, que estava encalhado numa estante por anos a fio sem que cumprisse seu desígnio de fazer parte de uma biblioteca de alguém real, ser adotado.
Uma vez, alguns meses atrás, o sensor do código de barras informou-me que havia um bom desconto: de 200 e tantos reais por cento e tantos. Outra vez chegou a ser noventa. Depois voltou a subir. Quando esteve em noventa, até pensei em comprar, mas não tive coragem de gastar tanto em um livro.
Pois bem, ontem, cumprindo meu ritual, vejo lá: "de 259 reais por 19,90"! Chequei de novo, para ter certeza que não havia nenhum erro, agarrei o bendito, pus debaixo dos braços e fui contente comprá-lo, com aquela sensação de ter feito o negócio do século!
Depois ainda fizemos outras comprinhas e fui tomar um machiatto no Café do Ponto! Aí fomos encontrar a Má e o Ratto e acabamos indo tomar umas cervejinhas. Eram só algumas, mas a saideira multiplicou-se em uma dúzia, conversa vem, conversa vai e acabamos fechamos o bar, discutindo sobre maçonaria (essa vou contar depois para minha orientadora!).
Voltei para casa realmente animado e contente, com disposição para tudo! Era tanta que acabei sonhando que passava um sermão no Lula, que por alguma razão estava no CPD, reclamando que estava há já dois anos sem bolsa e sem qualquer perspectiva de conseguir alguma!
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