Nem de flush vivem minhas memórias. Ontem, já deitado, na difícil tarefa de esperar o sono vir, lembrei de quando, adolescente, eu e meu amigo Flávio voltávamos das quadras da unicamp, depois de uma tarde quentíssima jogando basquete.
De vez em quando nos aventurávamos, naquela época, a pegar umas caronas, em dias que a exaustão era maior. O mundo (leia-se Barão Geraldo), era bem menos desconfiado e perigoso.
Na avenida, nos arrastando morro acima, eis que aparece uma alma caridosa.
Um Del Rey verde prateado, cheio de ferrugens e barulhinhos, pára e nos deixa entrar. Arrumamos espaço entre as toneladas de papel que ocupavam os espaços vagos nos bancos e ficamos embasbacados com a beleza da motorista, que deveria ter uns 20 anos. Na época, uma adulta, para a gente.
E além de lindíssima, muito gentil e divertida. Nos deixou em casa (os 3, morávamos bem perto) e foi-se embora, levando dois corações.
Sempre me apaixonei fácil, e naquele dia ainda tive a inusitada coragem de aparecer novamente na casa da moça, alegando ter deixado alguma besteira no carro, só para trocar mais umas palavrinhas e fotografar sua figura na retina.
Pelo jeito deu certo.
segunda-feira, março 29, 2010
sábado, março 20, 2010
quarta-feira, março 10, 2010
O fim dos 80
Ano passado foi o John Hughes, agora foi Corey Haim... quando a galera dos anos 80 começa a morrer, um sinalzinho de alerta acende... (e alguns, não por velhice, mas porque embarcaram, ou foram condenados, a uma vida trash e decadente).
Alguns atores adolescentes, da minha época de adolescente, conseguiram escapar da sina da "década perdida". Mesmo no campo dos filmes, ainda, como John Cusack, Matthew Broderick, Tom Hanks, ou, em menor escala, Eric Stoltz. Ou então encontraram a tábua de salvação, que virou a programação da telinha, como Patrick Dempsey, Charlie Sheen e Heather Graham (ainda que estes tenham feito também uns filminhos, aqui e ali). Alguns até conseguiram chegar na década de 1990, como Jennifer Jason Leigh, ainda que tenham sumido, recentemente.
Mas outros, coitados, pereceram sob a rotulação teen. Como é o caso do irmão não-Sheen, Molly Ringwald e Mark Hamill. E vivem de dvd, comerciais, pequenos papéis, joguinhos de computador (esse é o fundo do poço)... mantidos por um grupo sempre presente de "admiradores cult" (que vira e mexe acabam virando modinha, dependendo da vibe revival ou retrô). Corey Haim era um desses, que, no fundo, davam dó.
Já o outro Corey, o Feldman, esse é um caso a parte.
Alguns atores adolescentes, da minha época de adolescente, conseguiram escapar da sina da "década perdida". Mesmo no campo dos filmes, ainda, como John Cusack, Matthew Broderick, Tom Hanks, ou, em menor escala, Eric Stoltz. Ou então encontraram a tábua de salvação, que virou a programação da telinha, como Patrick Dempsey, Charlie Sheen e Heather Graham (ainda que estes tenham feito também uns filminhos, aqui e ali). Alguns até conseguiram chegar na década de 1990, como Jennifer Jason Leigh, ainda que tenham sumido, recentemente.
Mas outros, coitados, pereceram sob a rotulação teen. Como é o caso do irmão não-Sheen, Molly Ringwald e Mark Hamill. E vivem de dvd, comerciais, pequenos papéis, joguinhos de computador (esse é o fundo do poço)... mantidos por um grupo sempre presente de "admiradores cult" (que vira e mexe acabam virando modinha, dependendo da vibe revival ou retrô). Corey Haim era um desses, que, no fundo, davam dó.
Já o outro Corey, o Feldman, esse é um caso a parte.
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