sábado, novembro 10, 2007

Diary

Captain's log: Today the crew started to get unsettling with the lack of women and the grogue diet. There's an eerie feeling drifting through the ship and the wind is long gone...

Ops, diário errado!

Nova entrada: Hoje avistamos novamente o leviatã. Ela parecia mais curiosa do que agressiva, espiando-nos, cada vez mais próxima, cada vez que subia à superfície. Finalmente ela emparelhou conosco, quase tocando o barco, virou levemente de lado e olhou, assustadoramente ciente, direto em meus olhos! Abriu a bocarra, como se fosse bocejar, e então chamei, convicto de obter uma resposta: "Jonas"? E, um momento depois, certo de que cometi um engano: "Gepeto"?

Affe, qual é dessa temática náutica?

Vamos de novo. Dessa vez vai.
Querido diário: Conheci um dos lugares mais tradicionais da cena musical londrina, o Roundhouse. Há décadas que esta antiga estação transformou-se em um lugar em que as bandas apresentam seu repertório. Hoje o espaço está mais trend do que costumava ser na década de 70, durante o apogeu da cena brit de renovação, mas ainda sim muito divertido, na borda de Camden Town.
Para os filhos do New Wave, o show foi histórico. O público empolgadíssimo (e engraçadíssimo; vocês não imaginam as figuras presentes...) garantiu uma atmosfera animada e leve. Pena que eu estava quase em estado de comatose de tão cansado. ELA, divina e mesmerizante (essa palavra existe?), parece que congelou no tempo. A voz ainda tem potência e o visual ainda fascina.
Só pensei nisso agora, mas acho que o segredo sempre foi misturar a aura femme fatale e o mistério à la Mata Hari com uma fragilidade que inspira caridade (como a vontade de pegar um bichinho abandonado), sempre com os movimentos insinuantes de uma odalisca. Isso faz algum sentido?

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