quinta-feira, maio 31, 2007

Datas, datas!

Hoje fui para Oxford procurar uma tese para minha pesquisa (ou você acha que eu só saio pra balada aqui?!). Em 1991 eu havia ficado na cidade, por conta de um programa de intercâmbio de inglês. E foi muito legal voltar. Eu havia esquecido como a cidade é charmosa. Extremamente gostosa de passear, tudo é antigo: o café que é de 1600, o restaurante de 1700, a universidade de 1100... aliás, que jóia foi ver os colleges de novo. Lembrei de vários, mas acho que apreciei muito mais agora. Passear (porque eu tenho carteirinha da universidade, vejam só!) pelas mesmas salas e bibliotecas (lindas de morrer e só perdem em número de livros, em seu conjunto, para a colossal British Library, já mencionada aqui) em que estudaram Oscar Wilde, Auden, Lewis Carroll, Tolkien, Aldous Huxley, Graham Greene... é demais!
E fui também no Museu de História Natural (e consegui lembrar das tartarugas gigantes, do crocodilo e dos dinossauros que tinha visto 16 anos antes!) e no Pitt Rivers Museum, uma das mecas dos antropólogos colecionistas. E lá fiquei embasbacado com um lindo e gigantesco totem, de 12 metros de altura, de um potlatch visto por Tylor (a palmeirinha-mor!) no final do século XIX, daí comprado por ele, mandado para a Inglaterra e doado ao museu por volta de 1900!
Fiquei trabalhando na Rhodes House (em homenagem ao tio Cecil), uma das bibliotecas da Blodeian Library, que data de 1600 e pouco e é parte do colegiado da biblioteca da universidade! Mas na verdade eu queria ficar vendo o lugar inteiro ao invés de estudar...

Uma das coisas mais legais foi ter ido num pub, que encontrei me perdendo pelas ruazinhas medievais, chamado The Bear, de 1242! Sim, quase 800 anos que o lugar está lá, com o mesmo nome! E tomei uma pint de uma cerva local, bem mais novinha... de 1800 e bolinha apenas.

*******

A propósito de números: este é o tricentésimo post. Como diria uma amiga: Ê.

Um comentário:

Anônimo disse...

Fantastico! É legal estar em contato com tanta gente que nos influencia pela sua obra, nem que esse contato seja apenas conhecendo o que eles conheceram e nos inspirando com o mesmo que os inspirou.

A idéia de tomar uma cerveja no final tb não é nada má.

Quem sabe ainda nos encontramos em terras britanicas este ano!