Comprei vários dvds de filmes que adoro, todos muito baratos, coisa de 2, 3 libras cada. O primeiro Night of the Living Dead do Romero, Braindead (Peter Jackson pré-hobbit) e outras cositas más.
Mas a melhor aquisição nesta semana, por enquanto, foi 24 Hour Party People, um filme que demorei muito pra assistir, tendo visto apenas ano passado, depois de muito ouvir a respeito.
O dvd é muito bom, com extras muito interessantes. Fora o usual - cenas deletadas, comentário do diretor e tal - o máximo é ver entrevistas com vários dos retratados no filme - os que ainda estão vivos para contar pelo menos. O Bez já tinha visto um tempo atrás num programa de carros. Mas foi meio chocante ver o Shaun Rider careca, gordo e tremendo. Quer dizer, é quase um milagre ele estar vivo. Mas ele é o tipo de cara que não sobrevive para ficar velho. Então vê-lo acabado é quase errado. Simplesmente não combina.
As entrevistas são bem engraçadas, tendo que prestar atenção redobrada pra entender aquele terrível sotaque de Manchester suburbiano, articulado por mentes degeneradas após décadas de uso de substâncias chapantes. Há vários outros músicos que dão seus depoimentos, bem como produtores e personagens da época. Inclusive Tony Wilson.
O filme pra mim é quase um documentário poético. É uma experiência esquisita ver as histórias daquelas bandas que fizeram as músicas com que cresci. Nos anos 80, as músicas chegavam. Mas não as faces de quem as tocavam. A idéia, se é que tinha alguma, que fazia dos músicos, era completamente diferente. E o contexto, uma Manchester crua, fria e à deriva, não combina com a riqueza do som produzido.
Mas, pensando por outro lado, não é exatamente essa a teoria? Cidades mortas; cena musical efervescente?
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