Sempre em busca de novos seriados interessantes, acabei encontrando uma gema, Sons of Anarchy.
Os personagens são inteligentemente criados e as situações muito bem boladas. Mas é a idéia de contar toda uma subcultura de desajustados, que nos EUA existem aos borbotões, mas são convenientemente relegados aos rodapés da história tal como ela é narrada nos meios midiáticos mais usuais, que me cativou profundamente.
Se trata de uma família de motociclistas, totemicamente ligados ao Grim Reaper, sobreviventes ou subprodutos da contra-cultura do Oeste americano - insatisfeitos com o establishment do que acreditam não ser o verdadeiro espírito do país - que participam de uma série de desventuras fora-da-lei em sua tentativa de dar sentido a um ideal libertário que, ademais, inflama outros tantos malucos por lá com suas próprias versões de como consegui-la.
Mas a história toda clama por uma análise antropológica, do parentesco, das fissuras e conexões estabelecidas entre os diversos grupos e segmentos (que se unem em determinadas ocasiões, contra outros clubes), em sua lógica, regras e moralidade particulares e paralelas de como levar a vida. Coisa que, aliás, tenho pensado desde que li o livro dos Hell's Angels do Hunter Thompson, praticamente uma monografia etnográfica das gangues de motociclistas da costa oeste dos Estados Unidos (escrita no começo da carreira do Thompson, se não me engano).
Recomendadíssima.
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2 comentários:
Cai aqui por acaso. Provavelmente eu farei parte da lista de palavras bizarras que mostra google analytic.
Acabei lendo um post e depois outro, e outro...
gostei muito
beijo
Opa, obrigado Tati!
Ando meio afastado do blog ultimamente... a vida ficou corrida!
Beijos!
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