Nesse final de semana chuvoso e abafado fui na casa do meu tio, comemorar o octagésimo quinto aniversário do meu avô. Tudo muito bom, cerveja gelada, carne gostosa, papo bom.
O cunhado da minha avó, marido de sua irmã, nunca vem nessas reuniões familiares, mas estava lá dessa vez. Eu costumava ir sempre na sua casa, lá na frente do bosque, quando era criança e ia visitar minha bisavó, que morava ao lado.
Pois não é que descobri que ele tem uma tatuagem? Não sei porque o papo foi pra esse lado, mas eu e meus primos pedimos para ver. Nada demais, na verdade. Um coração apagadinho com o nome da minha tia-avó dentro, já bem difícil de ler.
Nada demais. Se não fosse em um senhor de mais de 80 anos.
Eu lembro dele sempre tocando uma gaitinha, que leva pra cima e pra baixo (não foi diferente dessa vez). Mas foi legal saber que ele tinha uma tatuagem. Há quase 62 anos, feita com pena e tinta! A segunda informação, que não sei como podem ter certeza disso, mas é a lenda que corre na família, é que ele foi a primeira pessoa a se tatuar em Campinas. Não sei se não tinha pelo menos um marinheiro perdido por aqui na época da guerra, mas realmente devia ser pouco comum.
Enfim, quando eu tiver a idade dele, acho que será raro o avô que não tiver um rabisco qualquer no corpo. E o mundo vai ser, no mínimo, mais divertido.
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2 comentários:
Grandma's brother-in-law rocks!!! Não duvido que tenha sido o primeiro da cidade. Mas, só para dar uma de chata, será que, no futuro, quando todo vovô e vovó tiver um "rabisco qualqur no corpo", o legal mesmo não vai ser ter o corpo "em branco?". Let's see.
Coraline: boa, boa. Foi pra lista. E acho que ainda vou dar um golpe via DAC/STB para ter pelo menos mais um ano de desconto...wanna join?
bjs M
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